Existe um teoria que afirma que, se todo mundo fosse verdadeiro, não haveria mais nenhum tipo de relacionamento pessoal no mundo, tudo se acabaria. Isso acontece porque a verdade pesa e muitas vezes, é difícil carregá-la. Mas, se prestarmos atenção nos relacionamentos amorosos, é fácil perceber que muitos dos problemas que aparecem, surgem por causa de uma mentira contada ou de uma inocente omissão. E aí fica a pergunta, é possível e preciso ser totalmente verdadeiro num relacionamento?
A Agonia da Honestidade
Quando queremos alguma coisa na vida, é fácil manipular. E manipulamos porque achamos que é possível ser melhor do que somos; manipulamos porque temos medo do outro não gostar da nossa verdade; manipulamos porque ser sincero é difícil; manipulamos porque uma verdade inventada é muito mais confortável.
Vejamos os primeiros encontros – se saímos com alguém e percebemos logo que não teve química alguma e que aquele encontro vai ser também o último, é mais fácil sermos sinceros. Não nos importamos com o que o outro pensa de nós mesmo. Agora, se existe interesse, tratamos logo de enfeitar as ideias e omitir alguns detalhes. E mesmo os sinceros, acabam omitindo alguns detalhes.
E muitas vezes, as omissões e mentirinhas bobas são fáceis de segurar por um tempo. O problema começa quando o relacionamento vai pra frente. Daí, sabemos que dá muito trabalho desenterrar as omissões do início, então as mantemos. E, é claro, vamos adicionamos outras mentirinhas sem importância no meio do caminho.
E aí, fica a pergunta. Será que a verdade deve prevalecer 100% nos relacionamentos? Será que isso é possível? Como diferenciar uma mentirinha boba de uma mentira de verdade? Como saber se o que você considera “bobo” não é algo relevante para o outro?
Infelizmente, nós não temos a resposta – mas gostaríamos que vocês nos ajudassem a chegar a alguma conclusão. Pensando nisso, listaremos 4 casos diferentes sobre mentiras e gostaríamos que, nos comentários do post vocês relatassem suas opiniões sobre cada uma delas, dizendo quais mentiras são aceitáveis e quais fatos deveriam ser contados. Com ajuda das respostas, criaremos um post analisando a questão da (utópica?) honestidade nos relacionamentos:
Caso 1- A mesa que estava vazia ao seu lado no trabalho, foi ocupada por alguém. E logo quando o viu pela primeira vez, imaginou que esse seria um possível canditado caso você não fosse compromissada. Você não dá bola diretamente, mas percebe que, ao longo das semanas, existe um clima oculto de atração no ar. Entre almoços e conversas, o clima vai ficando mais claro. Mas, como nada concreto aconteceu e você imagina que nem vá acontecer, prefere nem comentar com seu namorado.
Caso 2 – Vocês e sua namorada estão transando e, enquanto ela faz sexo oral em você, você fica pensando que já faz tempo que ela não se empenha tanto. Os primeiros eram muito melhores, mais longos, mais caprichados – sem contar os boquetes supresas. Mas, você não comenta com ela, pra evitar que ela se magoe. Afinal, ela já é uma mulher legal em tantos os aspectos – nem tudo é perfeito. E também, isso pode ser resolvido com uma passada semanal no puteiro na rua de trás do trabalho. Horário de almoço, direto ao ponto – todo mundo sai feliz na história.
Caso 3 – Você está num bar com seu namorado. Pelas costas dele, percebe que um cara não para de te olhar. Você levanta, vai ao banheiro, passa perto da mesa dele e confirma que o cara está flertando. Mas, você evita corresponder, e acredita que não vale a pena comentar com o namorado.
Caso 4 – Você reparou que sua namorada engordou de uns tempos pra cá e isso fez com que você perdesse um pouco aquele super tesão que sentia por ela. Além disso, ela não se arruma mais daquele jeito que costumava se arrumar especialmente para você. E, coincidência ou não, você notou que anda reparando mais nas mulheres na rua e tem achado uma parte delas bem interessantes. Mas não sabe como falar sobre isso com sua namorada sem deixá-la chateada, então, resolve ir levando a situação assim mesmo.
*os exemplos foram dados utilizando sexo masculino e feminino para diversificar os casos. Adapte os exemplos à sua realidade.
Esperamos a participação de vocês!