• Pelo direito feminino de não passar vontade
  • Pelo direito feminino de não passar vontade


    Você conhece alguém. Se interessa. Observa a pessoa ali de longe e imediatamente consegue imaginar as caras que ela faria enquanto estivesse suando em cima de você. Dá um jeito de conhecê-la melhor, pega o Facebook ou combina de sair com aqueles amigos em comum. Vai a um bar, puxa assunto, tenta descobrir o que ela gosta. Depois de umas várias cervejas, sobra o que se transformou em uma conversa bêbada, que se distancia de qualquer pudor e foge de todos os manuais de como agir em um primeiro encontro. Fazer mistério, não demonstrar tanto interesse, se comportar, não contar daquele dia em que você dormiu no gorfo do seu amigo. Tudo isso teve que ficar pra próxima.

    Como quem não quer nada, você pergunta como a pessoa vai embora e BINGO: ela vai de táxi! – “Magina, eu to de carro, te levo em casa…” Seria um comportamento tipicamente masculino, se esse “você” não fosse eu. Porque eu não sei como algumas (ou a maioria das) mulheres aguentam estar com vontade de alguém e, mesmo assim, esperam o homem dar o primeiro passo. Vai por mim, não é porque você chega no final da carona, puxa o freio de mão e tasca um beijo na boca do cara como se o resto do mundo fosse explodir em instantes, que ele vai te achar uma vadia. Ele até pode achar, mas pelo menos eu não ia querer nada com um bundão desse nipe.

    Aquele clichê “dar de primeira acaba com a possibilidade de algo mais sério” já caiu por terra para muitas, mas ainda assombra a mente das mais encanadas. Dê direito e você vai ver que ele vai querer te comer de novo. E de novo. Você não precisa fazer isso com duzentos caras, é óbvio. Só com aqueles que vão te dar insônia, já que só o que você vai fazer quando deitar a cabeça no travesseiro é ficar imaginando o gosto que ele tem.

    Você não precisa fazer sexo por fazer. Por mais que já tenha acontecido alguma vez no meu passado, eu não sei mais como é isso. Olhar no olho do outro e se apaixonar por uma hora, que seja, faz bem. Se envolver, repousar a cabeça no peito cansado depois de ter falado alguma putaria digna de pelo menos 2 meses de namoro, não tem problema. Mesmo que o resultado não seja um relacionamento, a sua alma esteve ali. E se o cara não gostar? Fuck off. Se ele tiver que se apaixonar por você, não é passando vontade que você vai fazer isso acontecer. Experiência própria.

    Começar direito não quer dizer, necessariamente, começar devagar. E muito menos, que o primeiro passo deve ser do homem. O importante é fazer o que você tem vontade, sem se preocupar com o que é imposto pela caretice alheia. Glorinha Kalil certamente discordaria. Mas que graça deve ter a vida dela?


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