• No Escurinho dos Lençóis –  Uma Discussão Sobre Secretos Sonhos Eróticos
  • No Escurinho dos Lençóis –


    Uma Discussão Sobre Secretos Sonhos Eróticos


    Caralho, maldito despertador! Maldito berro eletrônico que ecoou a tempo de esmigalhar mais um sonho erótico delicioso. Estava quase gozando, e acho que a moça do sonho também. Aliás, nem me importaria se ela fingisse gozar, afinal era tudo imaginário mesmo.

    Despertador desgraçado, você tinha que ter tocado agora? Estava quase explorando o cume daquele paraíso. Por que não tocou ontem, quando eu estava enjaulado dentro daquele pesadelo constrangedor, sofrendo por estar completamente nu dentro do ambiente de trabalho?

    Já tentei voltar pra esse sonho de todas as formas e nada. Ela, a musa do meu sonho bom, era linda e, nos quadris, tinha o gingado gostoso de uma rainha de bateria. Não consigo nem expressar quanto ela mexia bem. Rebolava. Girava. Zanzava impunemente sobre meu corpo latejante. Que delícia! Ela tinha olhos azuis, pele clara, uma pintinha pertinho do nariz. Pera aí… Uma pintinha pertinho do nariz? Olhos azuis? Cacete! Eu estava sonhando com a minha chefe. Logo ela, que tanto me fodeu, agora estava fazendo um ótimo papel de musa fodida.

    Confesso para vocês que não somente minha chefe já foi vítima de minhas penetradas oníricas. Dentro dos cômodos macios do meu subconsciente, sou o rei da selva: já transei com sete professoras de inglês, com a Megan Fox, com a Fernanda Montenegro (?!), com dezoito enfermeiras super atenciosas, com gêmeas suecas infinitamente liberais, com primas (minhas, de amigos e talvez até as suas) e – pasmem – com a minha sogra.

    Psicólogos dizem que, nos sonhos, nossos desejos proibidos e reprimidos pelas chicoteadas do nosso superego conseguem finalmente sentir o gosto da liberdade, ou seja, finalmente podem ser realizados sem a culpa advinda das regras inerentes à sociedade punitiva na qual vivemos. Faz sentido, mas eu prefiro simplificar e encarar o sonho erótico como mais uma oportunidade de transarmos nas poucas horas que parecem restar em nossos dias.

    Sonho é sonho. E todo rastro é somente de quem sonha. No sonho não existem regras sociais, placas de contramão ou a tal monogamia. Dentro do mundo onírico, todo mundo pode tudo. Nos sonhos, professoras dão aula de cinta-liga, enfermeiras aplicam boquetes em vez de injeções, mulheres famosas insistem em aparecer peladas em nossas camas, e traições dignas de apocalipses no mundo real ficam guardadas dentro de um simples: “não consigo lembrar o que acabo de sonhar”.

    Gozar na vida real é infinitamente mais legal, disso não tenho a menor dúvida, mas de vez em quando, melar o lençol é a forma mais segura de se entregar ao proibido. Agora peço licença. Vou dormir e torcer para que hoje, nessas poucas horinhas de descanso, seja capaz de deixar mais algumas marcas vermelhas na bunda profissional da minha chefa. ZzZzZzZ…


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