A Copa acabou e, futebol à parte, uma das melhores coisas que o evento proporcionou foi a vinda de gente do mundo todo pra cá, pra dividir o mesmo bar, o mesmo metrô, a mesma vida que a gente. São raras as chances de intercâmbio no quintal de casa e isso me fez pensar sobre a diversidade de gente que existe por aí: tem MUITA gente diferente por aí. O pessoal que se entregou pra pegação pode falar com propriedade sobre essa maravilhosa variedade de pessoas diferentes e esse texto é sobre isso. Quando a gente está solteiro, mesmo que sejamos mente aberta ou estejamos numa situação de pura seca desesperadora, temos nossas preferências, nossos critérios e acabamos, em muitos casos, escolhendo demais. Então eu faço um convite a você, solteiro, solteira, que adora estar livre pra ficar com quem quiser, mas vive encontrando problema nas pessoas: viva a sua liberdade até o talo.
Tô falando de experimentar, porque por mais que o pessoal esteja bem mais soltinho e liberal do que anos atrás, ainda tem uns preconceitos estranhos e injustificados que deveriam sumir. Por exemplo, gente que estipula idade limite para ficar com alguém: “não fico com cara com mais de 35, muito velho pra mim”, ou “não gosto de menina com menos de 20, muito imatura” e por aí vai. Ligue um belo foda-se para o R.G. das pessoas. Idades diferentes têm experiências diferentes para trocar, portanto, para de perguntar quantos anos o outro tem e se joga na farra. Esses dias vi um pessoal chocando com um ensaio de lingerie com uma brasileira de 50 anos dizendo que “ela não tem mais idade pra isso”. Francamente, a mulher tem idade pra qualquer coisa. Olha as fotos (http://bit.ly/1mnrQ5B) e vê se tem algum motivo pra censurar essa pessoa. Na verdade não existe motivo pra censurar ninguém, todo mundo é livre para fazer o que der vontade com a própria vida.
Pessoal tá solteiro, na pista pra negócio, facinho facinho, e ainda julga quem faz menage. “Coisa de gente pervertida”, alguns dizem. Pelamor, não façam isso consigo mesmos. Se menage não é pra você, ok, mas se pintar a chance e der vontade, vá! Vai de qualquer jeito, mas vai, porque se privar de experiências assim por preconceito é burrice. Mergulha no sexo a 3, a 4, a 10, vem todo mundo! Se permita ficar espantado/a às vezes. Sabe aquela sensação de quando você tá no meio de um acontecimento atípico e pensa “eu tô mesmo aqui?”, viva isso mais vezes, não se arrependa, tudo é aprendizado e diversão. Se tiver vontade, fique com pessoas do mesmo sexo, mesmo que seja só por curiosidade e que você não pretenda repetir isso. Não se prive de nada. Fique com pessoas que você não ficaria, que “fogem ao seu padrão” e descubra coisas únicas. Você não precisa se manter sempre tão sério, a vida é uma festa, a gente é que tem mania de querer limpar o salão ao invés de ir pra pista dançar.
Faça sexo com quem você quiser fazer sexo, sem pudor, sem mimimi, sem medo. E já que é pra fazer sexo, que seja por inteiro, com doação, com tesão, com vontade. Sem nojo, sem limites, tudo vale a pena entre quatro paredes. Viva todas as sensações que pessoas novas podem te proporcionar, esteja sempre disposto a se surpreender e a surpreender alguém. Não se limite, não passe vontade, respeite os sentimentos alheios, mas respeite os seus também. Não magoe pessoas em nome da sua liberdade, não vale a pena. Sério! Mas se todos estiverem bem resolvidos e de acordo, vale tudo! Pode parecer meio bagunçado tudo isso assim, jogado, mas é a maneira mais honesta de dizer o que eu quero dizer. Viva essa bagunça intensamente, não importa a sua idade, seu sexo, sua opção sexual ou o que quer que seja que determine com quem você se relaciona (só não esqueça de se proteger!). Se dê chance de descobrir gente incrível, de viver experiências inéditas e de tirar sempre a melhor parte disso tudo. Pessoas são fascinantes, entregue-se a elas.