• Casal Recomenda: Ensaio questiona padrões ao  mostrar a beleza de mulheres com pelos
  • Casal Recomenda: Ensaio questiona padrões ao


    mostrar a beleza de mulheres com pelos


    [NSFW] Esse post é mais um Casal Recomenda, um quadro que acontece toda quarta aqui no site, no qual damos dicas de conteúdos bacanas e inspiradores sobre sexualidade.

    Cada vez mais acompanhamos movimentos que defendem o direito da mulher em ser feliz e bela da forma que elas se sentirem melhor.

    Esse Tumblr é sobre isso, sobre o direito de se sentir bonita com pelos, em não ter que se submeter a procedimentos que causam dor, que machucam a pele. Pelo direito de serem belas ao natural.

    O projeto Pelos Pelos surge com essa ousada propsta e se descreve como um “ensaio político-poético, composto de imagens, que se propõe a causar reflexão sobre a naturalidade dos pelos em nossos corpos. É necessário pensar por que são geradores de tanto asco e por que nos mutilamos frequentemente para nos livrarmos deles. Compreendemos que vivemos em uma sociedade permeada por um machismo que corrói nossas relações e comportamentos, que define opressão cruel às mulheres, e buscamos combatê-lo!”

    O que achou da ideia? Vai adotar? Respeita a decisão alheia? Ou acha inviável?

    Confira algumas imagens com depoimento de mulheres que participaram do projeto:

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    “Meus pelos nascem por todos os cantos com tamanha autenticidade que não posso pensar em erradicá-los. A liberdade invejável dos meu pelos afirma minha própria maneira livre e me sinto tão linda e confortável que só posso viver assim.”

    “Fiquei encantada com o ensaio para o PELOS PELOS que admiro e sempre considerei poético. Esse assunto de não-depilação é algo recorrente em minha vida e quando feito de maneira tão livre me faz pensar que pode ajudar outras mulheres a assumirem seu hedonismo e virtudes.”

    “Quando vi Juliette Binoche no filme ‘A Insustentável Leveza do Ser’ de Philip Kaufman e percebi seus pelos e sua beleza natural, entendi que nós mulheres somos flores. Foi uma idéia de satisfação pessoal e até uma descoberta de toque e leveza que estava dentro dos meus poros e precisava sair e desabrochar.”

    Keity Valença, 28 anos, São Paulo – SP

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    “Uma vez estava ficando com um menino e não quis transar com ele porque não tinha depilado a virilha. Aí ele falou: você é tão linda, livre e alternativa, não acredito que você se importa com seus pelos. A partir desse momento repensei e comecei a deixar crescer.”

    “Faz quase 3 anos que não me depilo. Antes eu evitava usar regata. Agora é mais tranquilo, me sinto muito confortável assim.”

    “Uma época colori todos os meus pelos, inclusive cílios, pois pensei: se as pessoas olham esse preto e acham nojento, se eu colocar uma cor elas vão achar mais lúdico e divertido, é uma forma de as pessoas terem um outro olhar com relação aos pelos. As pessoas olhavam e achavam curioso, não tinha mais a reação de nojo.”

    “Antes eu me olhava sempre com aquele olhar clínico, o pelo começou a nascer já tinha que raspar, esconder, porque achava feio e nojento, não podia deixar um pelinho sobrando na sobrancelha, nada. Agora estou mais à vontade, mais tranquila com meu corpo, aceitando ele do jeito que é. Não penso mais se pelo é bonito ou não, é simplesmente uma questão de curtir a vida sem ter que me preocupar com uma coisa que me é imposta.”

    Lohanny, 22 anos, Florianópolis – SC

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    “Eu tenho uma relação muito saudável com meus pelos. Eu acho que eles estão lá e tudo bem eles estarem lá, fazem parte de mim, nada contra. Quando eu era mais nova eu acreditava no que a sociedade diz, que eu não podia ter pelos, mas depois eu comecei a gostar mais deles e tentei ir um pouco contra.”

    “Eu nunca tive problema com a reação das pessoas, às vezes as pessoas olham estranho quando eu estou no metro ou no ônibus e levanto o braço. Mas, no geral, com quem eu me relaciono não tem problema nenhum. Pra essas pessoas não é um problema, nem nada.”

    “O cabelo as pessoas comentam um pouquinho mais. Normalmente ‘ah que coragem, que legal, você tem um rosto bonito, você tem uma cabeça redonda, o cabelo vai voltar’. Essa coisa da coragem… gente, coragem é outra coisa!”

    “A motivação do meu cabelo ser assim é que eu sou preguiçosa, aí não precisa passar nada, não precisa fazer nada. O que, pra mim, é muito mais prático. E claro que isso acaba sendo um posicionamento contra o padrão de beleza, então as pessoas vão questionar, vão falar que não é feminino. Então você acaba se colocando, mas de início é porque eu sou preguiçosa, e o cabelo é uma coisa a menos para cuidar.”

    Cláudia, 24 anos, Rio de Janeiro – RJ

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    “Precisa quebrar esse tabu, é importante o pelo, o cheiro, isso que é uma mulher, faz parte da sexualidade.”

    “Me sinto mais mulher com pelos.”

    Claudia, 31 anos, Belo Horizonte – MG

    Esses dias passou um cara num carro que me xingou por causa do meu cabelo, mas eu ignorei. A maioria é elogio, aí eu fico de boa.”

    “Eu tô bem comigo mesma e é isso que importa.”

    Brenda, 18 anos, Belo Horizonte – MG

    Por muitos anos eu tive um companheiro que não gostava de pelos, então eu tirava, mas a gente namorava a distância, e quando a gente não se encontrava eu cultivava os pelos sempre, do corpo inteiro.”

    “Eu já achava bonito nas outras pessoas. Com o tempo eu fui aprendendo a achar bonito em mim.”

    “Gosto muito dos meus pelos pubianos. É o meu desenho, eu tenho que aceitar.”

    “Na axila há quem diga que é anti-higiênico, sujo e feio. Mas porque não é natural o que é natural de verdade?”

    Flora, 28 anos, Belo Horizonte – MG

    Sempre achei que os pelos combinavam comigo.”

    “Com os meus relacionamentos, ou a pessoa aceita ou não. Não vou aparar os pelos por ninguém. Não tenho problema quanto a isso.”

    Jeferson, 27 anos, Belo Horizonte – MG

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    “Sempre tive muita dificuldade com a minha nudez, e a partir do momento que deixei meus pelos crescerem comecei a lidar melhor com meu corpo”.

    Aline, 25 anos, Belo Horizonte – MG

    “Me relacionei com uma garota e a gente entrou num nível de intimidade em que a gente se sentia tão confortável que nem conversou sobre isso, a gente simplesmente deixava os pelos e achava natural”.

    “Um dia ela começou a tirar fotos minhas e eu não tinha depilado a axila, tava de boa. Postei a foto no facebook e recebi os mais diversos comentários, desde ‘Giovanna, eu te amo por você não ter problemas com isso’, até ‘isso é um horror, como você tem coragem de ser assim?’”.

    Giovanna, 19 anos, Belo Horizonte – MG

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    “O feminismo me interessa pelo lado de libertação humana. Esse movimento feminino é um movimento de libertação da humanidade, ele está dentro dessa coisa do humano se humanizar, deixar de ser partes e ter essa relação de dominação sempre presente. A gente tem muita dificuldade em imaginar o mundo sem a relação de dominação. A gente está sempre inserido achando que tudo é necessariamente dentro de uma relação de dominação, quando na verdade o humano não né nada disso não.”

    “Na realidade, esse meu envelhecimento está mais ligado à aparência porque eu sou muito criança, de verdade. E evidentemente tem um preconceito, as pessoas me evitam, eu não sou mais uma pessoa gostável. As meninas bonitas não querem mais transar comigo, porque eu sou um velho.”

    Lourenço, 57 anos, Belo Horizonte – MG, 2013.

    Todas as imagens @ Pelos Pelos

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