Toda vez que eu te beijo, um filme passa na minha cabeça. Engraçado como que o passado, presente e o futuro se confundem em mim nessa hora. Confesso que, em determinadas circunstâncias, perco totalmente o foco. Fico com a língua na tua ali, mas viajando aqui. Vou de encontro ao garoto que escrevia poesias pra te ver sorrir e, de repente, estou de mãos dadas com uma mulher que não conheço, mas que o sorriso é exatamente igual ao seu.
São tantos flashes que o momento presente some. Estranho, né? E num furacão de emoções logo estou de volta aos teus braços, preso pelos seus dedos e com teus cabelos caindo no meu rosto, confundindo o teu gosto de laranja com o perfume que passou de manhã, mas que ainda não saiu. Meu olfato e paladar se perdem. Apenas atestam que estou sentindo você.
Admito que abro o olho em certos momentos. Pode ser um tipo de reflexo pra ver se você ainda está ali ou se é uma miragem produzida por algum efeito que o gostar e o querer fazem com meu cérebro. Lembro de uma vez sonhar contigo e acordar com raiva por estar sozinho. Minha cama tão grande, teu lugar esperando e um sonho pra me atazanar as ideias. Como dormir depois disso?
Toda vez que te beijo eu deixo crescer em mim o gostar. Não crio expectativa de nada, mas não consigo frear essa necessidade de ser teu cada dia mais. Já não sei não estar com você. Ser seu amigo? Ok, sou faz tempo e tento sempre te mostrar que hoje ainda o sou, mas também estou sendo mais que isso. Sou seu e estou contigo
E amo isso.