Uma vez ouvi a seguinte frase: “adoraria ter alguém para dividir a vida, mas isso não me desespera. Antes de tudo, adoro a minha própria companhia”. Levei algum tempo para digerir isso, porque na hora a conversa continuou normalmente e só depois, dias depois, eu percebi como aquilo era importante.

Não choro porque um dia o meu pai me disse que eu não podia chorar. Que era feio demais, então cobri meu rosto. Ouvi da minha mãe que eu deveria engolir o choro, e se tem algo que dói é engolir choro, principalmente quando você é uma criança que não entende nada daquilo.

Juro que tento compreender as pessoas que acham ruim estarem solteiras a ponto de emendarem um relacionamento no outro, repetida e desenfreadamente. Só que não consigo. Qual é o problema de não ter um namorado? Não sei. Namorar é gostoso? Depende.

Tinha pavor de sótãos e quartos fechados com tranqueiras em casas grandes. Pavor mesmo. Desde pequeno me recusava a entrar sozinho num desses lugares porque achava tudo muito escuro e sombrio, com grandes probabilidades de estar amaldiçoado

Ele veio, ficou, parece que planejou uma bagunça daquelas e montou acampamento. No início foi divertido, sempre é divertido, a gente acha interessante quando não prevê o estrago. Daí eles ficam, ficam mais um pouco, vão ficando e a gente não entende o que mudou,