• Vídeo “vazado” de Sabrina Sato  dá voz ao debate contra o machismo
  • Vídeo “vazado” de Sabrina Sato


    dá voz ao debate contra o machismo


    Quando falamos em expor vidas na internet, fazendo checkins, marcando fotos e contando causos, o que mais preocupa, na verdade, é o que não está dentro do nosso controle. Com câmeras e microfones nos celulares, é cada vez mais comum a captura indevida e o vazamento de vídeos e fotos na internet.

    Em uma questão de horas, um vídeo tem o poder de se espalhar pelos quatro cantos do mundo via redes sociais, expondo principalmente mulheres. É o caso de um sugestivo vídeo, que viralizou na tarde do dia 3, em que a apresentadora Sabrina Sato aparece seminua, levantando-se de uma cama.

    Qual é o direito que um parceiro tem de compartilhar vídeos íntimos como esse, sabendo que bastam segundos para que ele seja visto por milhares de pessoas, sem o consentimento da mulher? Nenhum. Ainda assim, crimes como esse acontecem o tempo todo e trazem consequências terríveis para a autoestima da vítima – são muitos os casos em que mulheres que tiveram fotos e vídeos vazados entram em depressão e até tentam o suicídio.

    O vídeo de Sabrina Sato não era real, como ela mesma revelou em redes sociais. As imagens fazem parte da luta contra esse tipo de vazamento, em uma ação criada pela P&G, marca de absorventes Always, e pela SaferNet, a maior ONG brasileira de segurança da informação na internet.

    “Esse vídeo que vocês acabaram de ver poderia ser um vazamento da minha intimidade, mas ele foi feito para chamar atenção para um problema muito sério. Muitas meninas e mulheres têm sua intimidade vazada sem o seu consentimento. E nós não podemos deixar um vazamento tirar o nosso sonho e nossa autoconfiança. Somos donas da nossa intimidade e nós é que decidimos o que vamos ou não mostrar, afirma Sabrina no vídeo em que explica a ação.

    A apresentadora foi extremamente corajosa ao se colocar no lugar de vítima, mesmo que por algumas horas. A repercussão do suposto vazamento foi grande e, embora muitas pessoas na rede a apoiaram, outras a culparam, revelando uma insensibilidade gigantesca e muita ignorância sobre o assunto.

    Toda mulher e homem têm o direito de tirar fotos e gravar vídeos da intimidade como bem entender, desde que consentido. Provocar o vazamento desse material e compartilhá-lo sem que haja autorização pode sim destruir vidas. Segundo a Safernet, o país teve, em 2014, 224 vítimas de vazamentos, sendo 81% delas do sexo feminino. São 181 mulheres que tiveram sua intimidade violada, sua autoestima destruída e sua confiança traída. Não é justo. Por isso, o Casal Sem Vergonha apoia a causa e convida a todos para abraçar essa ideia: #JUNTASCONTRAVAZAMENTOS.

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