Quando eu era moleque, do alto dos meus 14/15 anos, ganhei a primeira punheta de uma menina que eu fiquei numa festinha. Foi uma coisa meio rápida, totalmente desengonçada, não passei nem perto de ter um orgasmo, mas mesmo assim, no dia seguinte, quando acordei, sentia como se fosse o mais novo ganhador da Mega-Sena. Ganhar uma punheta na adolescência (na minha época, claro. Hoje as coisas estão mais velozes) era como ter feito sexo da melhor qualidade com a pessoa mais desejável do mundo! Ao longo da vida de um homem, antes mesmo de aprender a beijar de língua, os meninos aprendem a arte do 5 contra 1 e nunca mais esquecem. Nunca mais!
Acontece que conforme o tempo se desenrola essa coisa de ganhar punhetinhas vai sumindo, a gente aprende (ou acha que aprende) a fazer sexo de verdade, somos apresentados às maravilhas do sexo oral e, de repente, quase sem perceber, a punheta se torna uma prática solitária e unicamente pessoal. Parece que do dia para a noite ninguém mais está afim de bater uma pra você! Seja um menino de 10 anos ou um homem que já passa dos 60, todo mundo tem uma estreita relação com a punheta, mas isso, quando a adolescência chega ao fim, se torna uma coisa que não se faz mais em dupla. Uma pena…
Fiz uma pesquisa com as minhas amigas no Facebook e 100% delas disseram não bater punheta para os parceiros como forma de levá-los ao orgasmo. A maioria até começa assim, mas logo evolui para sexo oral ou vai direto para a penetração. Uma delas me disse que demora muito para o cara gozar. Outra disse que não tem coordenação motora suficiente. Outra disse que acha o sexo oral mais íntimo e intenso, e por aí vai. O fato é que as moças simplesmente trocaram a arcaica punheta a dois pelo eficiente e aclamado boquete. Mas será que é o fim da punheta em casal?
Mais do que uma análise sobre o sumiço do 5 contra 1 das nossas relações sexuais, esse texto propõe um resgate a uma atividade que, de tão esquecida que está, se tornou oldschool, vintage, retrô! Casais, sejam vocês hetero ou homossexuais, deem crédito para a punheta e deixem-na brilhar ao menos uma vez mais. Sei que o sexo oral é mais sensível e intenso, sei que exige uma cerca coordenação, sei que não é costume, mas resgatem essa que é uma das coisas mais marcantes da adolescência de um homem: a primeira punheta! Rapazes, apoiem a prática. Garotas, permitam-se inovar. Casais, conto com vocês nessas missão de não deixar a prática morrer! VIVA A PUNHETA EM CASAL!