Uma vez ouvi a seguinte frase: “adoraria ter alguém para dividir a vida, mas isso não me desespera. Antes de tudo, adoro a minha própria companhia”. Levei algum tempo para digerir isso, porque na hora a conversa continuou normalmente e só depois, dias depois, eu percebi como aquilo era importante.
Se gostar tem tudo a ver com ser confiante, se garantir, saber explorar o que se tem de melhor para oferecer e ser uma pessoa agradável para os outros. Não há nada pior para a solidão do que ser alguém com quem ninguém quer estar! E pense com um pouco de lógica: se você não se aguenta, por que eu vou aguentar? É preciso se gostar antes e acima de tudo.
Vira e mexe lemos que mais do que beleza, autoconfiança é o grande diferencial entre as pessoas que atraem mais atenção. Se bastar faz parte disso. Quando assumimos para nós mesmos que não precisamos da aprovação alheia ou que podemos resolver nossas próprias questões sozinhos, a companhia passa a ser um benefício, não uma necessidade. Saber se apreciar, se curtir, te ajuda a mostrar o que você tem de melhor e o que você não tolera. Ironicamente, quanto mais sabemos de nós mesmos, mais transparentes parecemos aos olhos de quem nos vê.
Precisar de alguém é uma armadilha da qual se torna difícil escapar quando não gostamos de nós. Aceitar a própria companhia e curti-la de forma verdadeira revela muito sobre quem você quer ao seu lado. Sozinho pode-se perceber melhor como o corpo funciona, as coisas que te agradam ou incomodam, o timbre da sua voz, o formato dos seus cabelos, seus interesses em um relacionamento (seja amizade ou amor) e o que você tem a oferecer para essa outra pessoa. Interagir com os outros é ótimo para se autoconhecer, mas não é assim que você vai aprender a se sentir autossuficiente.
Aceite sua própria presença, goste-se antes de qualquer outra pessoa gostar e deixe que o mundo perceba quem você é de verdade. Adore a sua própria companhia antes de tudo… só assim os outros vão adorá-la também.