Amar não tem a ver com alianças, com contratos, com promessas. Não tem a ver com o jantar chique no Dia dos Namorados, com a festa de noivado, com declarações escancaradas. Não tem a ver com presente caro, com dormir junto, com véu e grinalda.
Amar é saber que ninguém é dono de ninguém, que se pode partir a qualquer momento, e mesmo assim desejar permanecer. Amar é ficar quando todos os outros decidiram partir. É saber que o outro é livre, e amá-lo por isso.
Amar é poder ser quem você é e permitir que o outro seja quem ele é, sem máscaras, sem esperar que ele se transforme no seu modelo de par ideal. Amar é enxergar o mais íntimo do outro, e amá-lo por isso, mesmo com todos os defeitos.
Amar é querer o bem do outro em todas as situações, mesmo que nem sempre o bem dele seja exatamente o que você sonha para você. Amar muitas vezes é renunciar, é passar por cima do ego e admitir que o outro pode ser feliz sem você.
Amar é sorrir com o sorriso do outro, e ficar com o coração triste ao ver o outro sem sorrir. Amar é segurar a mão quando o outro acha que não vai ter forças pra se reerguer, é saber ficar em silêncio quando não há palavras certas pra falar, e compreender num olhar o que a alma do outro quer dizer.
Amar é relevar, é perdoar, é saber que muitas vezes vai ser preciso dar o braço a torcer. Amar é reivindicar de estar sempre certo, é compreender que as pessoas são diferentes, e que por isso são tão belas.
Amar é não querer ser metade da laranja, nem tampa de panela. Amar é querer ser inteiro, pois só inteiros podem somar. Amar é não abdicar de ser quem você é, é jamais perder sua autenticidade, por saber que só assim é possível não depositar a responsabilidade de ser feliz no outro.
Amar é abdicar de rótulos, de controles, de tentar seguir o modelo que as pessoas enxergam como relacionamento ideal. Amar é deixar que o relacionamentos se revele, sem imposições, sem obrigações, sem máscaras.
O amor é simples, a gente é que complica ele.