• Deixa ele cuidar de você
  • Deixa ele cuidar de você


    Quem foi que inventou essa história de ter força inabalável? Deixa ele (a) te fazer um café depois de um dia cansativo de trabalho. Deixa ele (a) se preocupar se você não está com uma cara boa.

    Você não precisa estar seguro o tempo inteiro: abaixa essa guarda. Deixa essa mania de querer estar sempre defeso. O amor nos torna vulneráveis, lembra? Deixa ele (a) dizer que te leva pra casa depois de uma bebedeira. A gente sabe que você dirige e que pode chegar lá, mas deixa ele (a) sentir que cuida daquilo que é importante pra ele (a).

    Esquece essa história de que não precisa disso. Todo mundo precisa de um cafuné, de um colo quentinho e de um bom dia sorridente. Deixa dessa história de autossuficiência porque ninguém é tão autossuficiente a ponto de não precisar do amor.

    Deixa ele (a) te ensinar sobre a vida. A gente sabe que você já sabe muito, mas ninguém sabe tanto a ponto de não poder aprender um pouquinho. Clichê, né? Por falar nisso, deixa ele (a) ser clichê. Deixa ele (a) dizer que ouviu uma música fofinha e lembrou de você. Deixa ele ser meio brega de vez em quando, como o próprio amor jamais deixou de ser.

    Deixa ele (a) te perguntar o que te chateou no trabalho. Conta pra ele (a). Entenda que ninguém é uma ilha. A gente precisa de uma solidão eventual, mas que não vá ficando por birra. Não isola teu coração do coração de quem você ama porque companhias solitárias são amargas demais. Esquece os disfarces e vive o doce do amor.

    Quem disse que cuidado mútuo significa dependência? Fica tranquilo, a gente sabe que você consegue sozinho (a). Mas, se não está sozinho (a), que esteja junto, e por inteiro. Não tenta esconder as tuas fraquezas porque elas estão aí, bem ao alcance dos nossos olhos – e que mal há?

    Deixa ele(a) ver as tuas carências. Todos temos as nossas – e confessá-las é de uma coragem admirável. Então, confessa que você não é tão durão assim. Desaba de vez enquanto. Pede colo, confessa o teu ciúme, as tuas dores, as tuas manias. O amor não aceita quem tem medo de ser o que é.

    Se despe dessa capa de autossuficiência. Deixa ele (a) te ver inteiro, deixa ele (a) te tocar a alma. Se abre sem medo. Ele (a) pode até te machucar, mas o amor é isso. A vida é isso, aliás: a gente pode ser ferido a qualquer momento. Entrega teu coração e confia que ele não vai despedaçá-lo – e, se o fizer, você estará lá reunindo os pedacinhos pra começar tudo de novo. Mas a mágica do amor é acreditar que ele não vai nos ferir. Se você tem medo do amor rasgado, desculpa, mas você está fazendo isso errado. E mesmo que doa de vez em quando, o amor só habita onde tudo é limpo, sincero, real.

    Esquece os escudos. Amar é, por natureza, visceral – e se escolheu amar, ama direito.

    ass-nathalie


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