Arquivo 03/2018

Amar é conhecer as fragilidades do outro

Há certas verdades chocantes que procuramos evitar durante toda a nossa vida, mas, em um momento preciso, adentram inevitavelmente as portas de nossa rotina fugaz. 

Eis uma delas: vivemos uma geração que desaprendeu a amar. Nunca tantos casos de amor deram errado. Nunca tantas pessoas pensaram ser amor estando enganadas. Nunca foram tantos presenteados com o amor e boicotaram-no.


Para se amar, descubra-se

Pessoas com a autoestima OK no século XXI são minha lenda urbana predileta.

Somos a geração que se auto destrói e, por haver muitos fóbicos entre nós, somos também bombardeados por rejeição antes mesmo de perdermos os dentes de leite, até o fim de nossas vidas.


Intimidade é entrega

É o olhar sonolento no domingo de manhã sem receio dos cabelos desgrenhados ou do pijama furado de 20 anos atrás. O Netflix, os pés embolados, a cara inchada de gripe, o calor do edredom. O telefone gravado com aquele apelido infantil no celular, o sexo sem pudores, as verdades que engrandecem, é não ter medo. É saber que podemos ser exatamente aquilo que a gente guarda por dentro e apenas ou tudo isso basta. Pra mim, pra você, para o relacionamento.


Lugares de intimidade que ficam marcados

Fazer amor não é só rolar entre lençóis. Tem o carinho, o abraço, o beijo, o afeto, a risada descontraída, a meia luz, a taça de vinho e o lugar. Talvez de todas estas variáveis o local seja o primeiro que venha à memória quando nos recordamos de um momento especial. Algo do tipo: “foi ali, naquela parede, no tapete da sala, na cama de solteiro do sítio ou no banheiro do hotel naquela viagem que quase não aconteceu”.