Dia desses, durante um trabalho oferecido pra uma agência de publicidade, acabei caindo na equipe de um ex-rolo. Não era um ex-rolo qualquer: eu tinha sido loucamente apaixonado por ele até ele resolver desaparecer e retornar namorando o ex.

Sempre escutei da sabedoria popular que era uma “palhaçada” essa coisa de excluir ex. Um “exemplo da falta de maturidade” e tudo mais. E, apesar de eu defender a ideia de que todo relacionamento teve algo de bom e ensinou algo pra gente, eu defendo ainda mais a ideia de que excluir o ex das redes sociais é natural.

Este texto poderia ser bem maior, mas não precisa. O que está no título já diz muito e o que precisa mesmo é o povo entender isso! Moça e moço, quando vocês terminam um relacionamento, ou quando terminam com vocês, não existe conselho melhor no mundo do que o famoso “bola pra frente!”

Conheço uma galera que é terminantemente contra envolver ex na sua vida. Tem gente que decreta a morte do ex de todas as maneiras possíveis, geralmente quando o término foi traumatizante. Por outro lado, conheço gente que conseguiu o que parecia impossível:

Tinha pavor de sótãos e quartos fechados com tranqueiras em casas grandes. Pavor mesmo. Desde pequeno me recusava a entrar sozinho num desses lugares porque achava tudo muito escuro e sombrio, com grandes probabilidades de estar amaldiçoado

Olharam-se cúmplices e amorosos, como se fosse a primeira vez. O brilho no olhar, agora embargado em despedidas e lágrimas, calava seco a dor daquele adeus. As mãos ainda desfeitas do abraço não negavam: ali, não faltou amor.

“Eu não gosto dela!”, você disse, a respeito da minha ex-namorada. “Mas você nem a conhece e mesmo assim…”, tentei terminar a frase, porém, assim que notei a expressão que faz quando quer amedrontar leões, senti que nada, nem mesmo um mortal repentino para trás,