Seu hálito de café forte misturado a Halls preto, como esquecê-lo? Como parar de ser baleada pela saudade que sinto dos seus ombros à prova de turbulências, pés que fingiram ser imunes à areia fervente quando me esqueci das Havaianas e mãos que, apesar de ásperas e calejadas,

Estou pensando em você e quero te ver, embora neste horário deva estar aflita, roendo as unhas, com pouca concentração na tela do computador. Admito, preciso de você, só de você, de qualquer jeito. Chateada, fechada ou briguenta. Nem que seja pra compartilhar o silêncio, um cigarro, uma vitamina de morango com sorvete ou uma música do Richard Ashcroft que lembre nós dois.

 Essa história de “a gente só dá valor quando perde” é pura balela. Roteiro enfadonho dos piores contos da carochinha que vêm se desenrolando (ou enrolando) ao longo de diversas narrativas. Mentira descarada que a gente conta pra si e para o outro, para tentar mascarar um desassossego e uma carência nossa.