• De bissexuais, todos temos um pouco
  • De bissexuais, todos temos um pouco


    da série “A Nova Revolução Sexual”

    Essa história de termos que decidir se somos heterossexuais ou homossexuais, faz com que tenhamos que rejeitar e mascarar aspectos naturais que são associados ao sexo oposto. Se quem se define, se limita, então somos todos um grupo de pessoas extremamente limitadas – precisamos por pra for a nossa androginia encubada.

    “Esse Camarada Se Adroginou, a moça deu bola a ele e ele nem ligou…”


    Quando falamos em androginia, logo pensamos no cara delicado e afeminado ou na mulher troncuda com semblante masculino. Mas na verdade, todos nós somos um pouco andróginos ou temos potencial para tal – mas, vivendo em uma sociedade em que homem que chora é visto como “boiola” e que mulher que gosta de carro é visto como estranha, crescemos com uma regra internalizada – devemos reprimir ao máximo características do sexo oposto.

    Os homens foram os que mais sofreram com essa repressão. As meninas sempre tiveram “autorização” para brincarem juntas, andarem de mãos dadas, fazerem carinho. Os meninos, coitados, nunca tiveram esse direito. Já conheci uma mãe que levou o filho ao psicólogo porque ele gostava de brincar de varrer a casa. Outra que forçava o filho a jogar futebol porque era isso que meninos normais faziam. Se até os pais que, em teoria, querem o nosso bem são capazes dessas repressões sem sentido, quem dirá o resto da sociedade.

    Mas, mesmo que muitos não aceitem, todos nós temos características femininas e masculinas – só que algumas pessoas as reprimem mais, e outras menos. Por isso, os pesquisadores apontam claramente para um futuro bissexual, no qual iremos escolher pessoas nos baseando na afinidade  – o sexo será apenas uma característica secundária.

    Ele Já Sabia

    Um pesquisador chamado Alfred Kinsey, o grande responsável pela primeira pesquisa profunda sobre a sexualidade dos americanos, já entendia bem esse conceito da androginia. Para ele ser homossexual ou heterossexual, significa dois extremos raros. A grande maioria das pessoas se encontra num meio termo. Grande sacada. Ele organizou a orientação sexual das pessoas numa escala, que ficou conhecida como escala Kinsey:

    Ou seja, se você se diz heterossexual ou homossexual, você é uma grande exceção na sociedade. A grande maioria das pessoas tem atração pelo sexo oposto em algum nível – esse fatos geralmente passa despercebido porque, no primeiro sinal dessa atração, muita gente trata de escondê-la e guardá-la a sete chaves – “vai que eu viro gay.

    Então, se você acha que se enquadra no “exclusivamente heterossexual” , por exemplo, será que está nesse posto porque nunca sentiu o mínimo de atração por alguém do mesmo sexo ou porque reprimiu esse desejo? Se ninguém fosse ficar sabendo nunca, você não experimentaria se pegar com alguém do mesmo sexo? De verdade? Nunca sentiu nem um tesãozinho assistindo aquele filme gay? Nunca teve um sonho erótico dos bons com o colega de trabalho?

    Para os radicais, falta um pouco a coragem de admitir que é possível sim sentir prazer em alguma escala com o mesmo sexo – não estamos afirmando que todo mundo é gay, mas prazer é prazer, todo mundo é capaz de dar e sentir – independentemente do gênero

    Bissexuais – eles estão na frente


    Nunca gostei do termo “bissexual” pois acho que ele rotula tanto quanto “homossexual” ou “heterossexual”, indo contra à ideia de que é muito difícil ser completamente uma coisa ou outra. Mas, como precisamos nos referir a eles de alguma forma, usamos esse termo mesmo.

    Muita gente vê os bissexuais ou os intermediários, se pensarmos na escala Kinsey, como pessoas indecisas em cima do muro. Muita gente os vê como os coitados-que-ainda-não-se-descobriram, quando, na verdade é bem o contrário – eles já se descobriram sim e estão se dando muito melhor do que os radicais – eles estão se divertindo mais e vivendo experiências sexuais muito mais interessantes, já que aproveitam o que cada sexo tem de bom. Win.

    Há, inclusive, pesquisadores que afirmam que uma pessoa só está madura sexualmente e afetivamente, quando reconhece algum nível de bissexualidade em si. Isso não quer dizer que todo mundo precise ter algum tipo de relação com alguém do mesmo sexo, até porque, existe a questão da atração envolvida. Mas as pessoas que já aceitaram que que essa limitação de ser 100% uma coisa só é balela, e já estão se antecipando num comportamento que, com certeza, será natural nas próximas gerações. Queira você goste disso, ou não.

    Queremos Saber Mais

    Para comprovar ou dismistificar essa teoria, montamos uma pesquisinha super rápida e ANÔNIMA sobre sexualidade. Se quiser nos ajudar a chegar em mais conclusões sobre o assunto, clique aqui para responder.

    Para fins de direitos autorais de imagem declaro que as fotos usadas no post não são de minha autoria e que os autores não foram identificados.

    " Todos os nossos conteúdos do site Casal Sem Vergonha são protegidos por copyright, o que significa que nenhum texto pode ser usado sem a permissão expressa dos criadores do site, mesmo citando a fonte. "