Estamos vivenciado uma grande mudança na área dos relacionamentos pessoais e do sexo. É a chamada “Nova Revolução Sexual”. O amor romântico, aquele dos contos de fada, começa a perder espaço; escolhas como o Poliamor começam a ser mais discutidas; o casamento vive transformações pesadas e cada vez mais pessoas visualizam que esse modelo ao qual estamos condicionados, não é a melhor escolha; cada vez mais casais conversam sobre possibilidade de dividir a cama com outras pessoas; casas de swing fazem sucesso nas grandes cidades; a homossexualidade passa a ser vista com muito mais aceitação e respeito que merece e a união estável entre gays é aceita em cada vez mais países; o sexo, aos poucos, começa a ser assunto nas rodas de discussão; entende-se cada vez mais que amor e sexo são coisas distintas; sexo virtual vai ganhando espaço na vida das pessoas; brinquedos eróticos passam, cada dia mais, a ser objetos presentes nas bolsas e gavetas das mulheres; cada dia mais há relatos de pessoas que se apaixonam por pessoas, independente do sexo.
Mesmo com tantos fatores, é difícil para nós, que estamos vivendo no meio da erupção de tantos comportamentos novos, perceber claramente a mudança. Essa dificuldade na percepção pode ser comparada quando convivemos muito com uma criança que mal notamos o quanto ela cresce diariamente mas, basta chegar aquela tia do interior pra dizer: “Nossa, como ele cresceu!”. Ninguém sabe dizer exatamente quando outras mudanças acerca da sexualidade e dos relacionamentos aconteceram. Quando mesmo virou normal não se casar virgem? Quando mesmo divórcio passou a ser uma coisa corriqueira? Então, por mais que muitas pessoas insistam em afirmar que as coisas jamais mudarão, que as mudanças citadas acima e muitas outras só fazem parte da vida de uma parcela pequena da população, a nova Revolução Sexual se aproxima.
Pensando nisso, nós do Casal Sem Vergonha (que também fazemos parte dessa mudança, afinal, já imaginou, uns trinta anos atrás, um casal de verdade dando a cara a tapa para falar de sexo e relacionamentos de uma forma natural, pra quem quiser ouvir?) começaremos hoje uma série de posts conversando sobre as mudanças que estamos vivendo. Discutiremos sobre questões acerca de amor, romance, casamento, ciúme, poliamor, sexo, ménage, bissexualidade, entre outros, com um olhar atento às mudanças trazidas por essa nova onda de comportamento. O debate só se torna interessante se vocês colaborarem com opiniões, críticas, sugestões, novos pontos de vista, etc. Afinal, aproveitando a liberdade trazia pelos novos ares, longe de nós querermos impor idéias – queremos, apenas, discuti-las.