• A Visão De um Homem Sobre As Temidas DRs
  • A Visão De um Homem Sobre As Temidas DRs


    Um mágico. Vidente. Talvez um cara com dons para predizer o futuro e com as manhas da adivinhação. É isso que ela quer que aconteça quando exclama aquele “não é nada”. Qual é o problema? Não é nada. E daí a gente cai na armadilha dos relacionamentos que, por erro ou displicência, acaba atrasando o mal-entendido ao invés de resolvê-lo. Pegue a pipoca, a paciência, o GPS e aquele curso de argumentação que você fez algum dia na vida e prepare-se: a DR vai começar.

    Lei universal: homem detesta DR. A natureza masculina é objetiva. Principalmente quando a DR não tem um motivo claro pra gente. O que muita mulher não entende é que evitar a DR não é um modo de nos esquivarmos do problema. Na nossa cabeça funciona assim: eu fiz algo que ela não gostou e eu não faço ideia do motivo. Não é dissimulação. Nós realmente somos um tanto quanto tapados e não sabemos o motivo que as incomodou.  Junte isso ao nosso maravilhoso senso argumentativo e você vai entender que na maioria das vezes a DR acaba transformando a faísca em fogueira. O problema triplica de tamanho e fica pior do que estava no início.

    A tendência é que no meio da discussão um ou outro joguem na cara fatos passados ou problemas acontecidos que passaram despercebidos ou não tinham tanta importância assim. Na DR, para os homens, qualquer palavra pode se transformar em acusação e nós nos sentimos mais perdidos do que cego em tiroteio. Ainda mais porque as nossas doces companheiras do sexo feminino tendem sempre a subjetivar a história toda e trazer à tona detalhes que nem a mente mais conservada conseguiria se lembrar. A gente evita a DR, na maioria das vezes. E o motivo disso é porque nós queremos evitar que qualquer coisa se transforme em um problema maior. Os contra-argumentos sobre isso, geralmente, são os de que nós estamos escondendo algo, ou que temos culpa no cartório ou que não somos maduros o suficiente para encarar uma discussão. Mas e quando a discussão se torna vício?

    Cansei de ouvir amigas dizendo que causavam DRs só para movimentar o relacionamento. Porque estava tudo bem, logo, deveria haver algo errado. O pensamento masculino é justamente o contrário: quanto menos DRs existem no relacionamento, melhor ele parece estar. É menos estresse e menos desgaste por motivos que podem ser bobos. Se bem que, recentemente, tenho conhecido uma categoria de homens que revolucionaram o mercado de relacionamentos: aqueles que gostam de ter DRs e trazem assuntos que os incomodam à mesa sempre que acontece. E tenho aprendido com eles que indicar o problema, muitas vezes, é a grande solução. Evita rodeios e desgaste e transforma DR numa coisa mais pontual e certeira. Ao invés de criar problemas, ela cumpre a sua função de solucionar um. Fica a dica e o meu sincero “eu entendo” para os camaradas que tendem a achar difícil levar uma DR adiante e pensam em tentar suicídio antes do fim da conversa. Mas, amigos, relaxem: não é nada. É só uma DR.


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