– Amor?
– Oi, xuxu.
– Só queria dizer que eu te amo!
– Ahh…que linda, eu também meu amor.
– Hoje a gente podia tirar o dia para curtir só a gente, né? O que acha?
[…]
[…]
– Amor? – ela diz cutucando o namorado que está do seu lado no sofá – Responde aí a mensagem que te mandei no Whastapp!
– Ops, foi mal amor, tava aqui vendo um vídeo e não vi a mensagem chegar, vou responder, tá?
Parece um diálogo exagerado, mas esse tipo de situação é mais frequente do que podemos imaginar nos dias de hoje. Casais que ficam juntos, mas que precisam disputar a atenção e tempo com o smartphone. Casais que estão lado a lado, mas conversam por chat. Casais que vão juntos ao restaurante mas passam mais da metade do tempo conversando com outra pessoa ou vivendo uma realidade paralela na tela do celular.
Em épocas na qual precisamos disputar atenção e tempo com os smartphones e outras tecnologias, ter a chance de passar uma noite no escurinho curtindo de verdade o outro, sem interferência de som, TV, computador, luzes, celulares, dentre outros, é luxo. É coisa linda de se ver. É iguaria. É de lamber os beiços.
O excesso da influência da tecnologia em nossas vidas com certeza trouxe vários benefícios, mas trouxe junto o desafio de lutar contra a distância que nos assola, mesmo quando estamos lado a lado. É preciso foco para não se perder no mundo digital e deixar de lado o mundo real. É preciso reaprender a olhar nos olhos e se divertir apenas e unicamente com a presença do outro – sem televisão, sem internet, sem filmes, sem chat. Afinal, onde foi mesmo parar aquela verdade que dizia que o lugar pouco importa, o importante mesmo é a companhia?
Precisamos reaprender o poder do toque – e não do toque do celular. Das besteiras ditas só pelo prazer de conversar com quem se ama – ali, olho no olho, e não via Facetime. Do exercício de desvendar o outro, e ir encontrando os detalhes que te fizeram apaixonar por ele – sem perguntar pro Google. De decifrar o sorriso de canto de boca, sem precisar de tradutor. De mergulhar numa conversa inesperada durante horas – sem ter tempo pra pensar como responder no Whatsapp. De se perder nas curvas do outro, sem precisar consultar o Google Maps.
Ainda não inventaram nenhum app pra criar intimidade, e nenhum substituto para o prazer de compartilhar a sua cama com o seu parceiro, sem esperar as curtidas dos seus seguidores. Por isso, curtimos tanto a proposta do movimento Hora do Planeta, que é organizado todo ano pela ong WWF para conscientizar a população mundial sobre a importância da conservação da natureza. Durante uma hora, as luzes de vários monumentos importantes do mundo são apagadas, e pessoas do planeta todo tiram uma hora para curtir o escurinho e ajudar o planeta. Nesse ano, o evento aconteceu no sábado, dia 29 de março, das 20h30 até às 21h30.
A gente super aderiu à causa – e tivemos momentos incríveis, além de ajudar o planeta. Fizemos algo que não fazíamos há tempos – apagamos todas as luzes da casa, desligamos a TV, rádio, computador, celulares. Acendemos velas pelos cantos. Desconectamos da vida on-line para nos reconectar. As luzes se apagaram, e a nossa relação se acendeu. É impressionante como uma atitude tão simples foi capaz de gerar momentos tão significativos. Decidimos, no final da noite, no meio do escurinho, que não iríamos esperar a Hora do Planeta do ano que vem para repetir a experiência. Iríamos adotar o hábito de desconectar para se reconectar com muito mais frequência.
A Durex, marca de preservativos que acabou de chegar no Brasil, e da qual somos embaixadores, também entrou com tudo na proposta nesse ano, e levantou a bandeira da importância de tocar mais no seu parceiro do que no seu celular – e a iniciativa foi um sucesso. Dá uma olhada que máximo o vídeo que eles criaram para divulgar o movimento:
E então, se empolgou também? Então sai agora da frente do computador e vai chamar seu amor para se reconectar com ele! O planeta, e sua relação, agradecem. #turnofftoturnon #durexbrasil