• O primeiro encontro é seu,  então faça o que você quiser
  • O primeiro encontro é seu,


    então faça o que você quiser


    Sempre vejo algum vídeo ou texto falando sobre transar no primeiro encontro. Acho muito válido conversar sobre, principalmente porque apenas as mulheres são julgadas por isso enquanto os homens são até admirados pela ‘conquista’, o que é ridículo.

    Concordo com quase tudo que vi por aí. Mas muitos – não todos – acabam deixando no ar uma conclusão que parece dizer que a mulher DEVE transar com o cara que conheceu hoje, se ele for atraente. Como se as que optassem por não fazer, estivessem erradas, ultrapassadas e oprimidas. E eu, sinceramente, discordo.

    Acho incrível essa discussão, faz com que várias mulheres se entreguem mais para o mundo, para as pessoas e, particularmente, para os seus desejos, sem se importarem com o julgamento alheio. E ainda conseguem ampliar os horizontes da sociedade machista que vivemos. Quanto mais textos, vídeos, livros e afins sobre o assunto, melhor.

    Porém, penso que as pessoas são muito diferentes, lidam com as questões de maneiras diversas e devem fazer o que elas querem. Ninguém tem que se intrometer nisso. Depende muito da fase da vida, da maturidade, do grau de química, da intenção, do momento, do papo, da visão sobre as coisas, da sintonia, do modo de sentir, da maneira de se relacionar… Enfim, depende.

    Às vezes depende até mesmo do dia. E isso não vale para o sexo, especificamente. Existem dias que saímos de casa com uma vontadezinha de conhecer alguém legal pra ficar junto, outros saímos para dançar, beber, rir e se divertir com os amigos. Se você achar o cara incrível, rolar uma baita energia, mas na hora optar por apenas conversar e nem sequer beijar, é você que decide. Se no dia seguinte topar com um que nem era tudo aquilo e resolver ir adiante, você que sabe também. Entendeu?

    Não existe essa de regrinha da mulher moderna. Se na hora sentir vontade de transar e estiver à vontade pra isso, ótimo, faça. Agora se ela só se sentir pronta após 21 encontros ou até mesmo optar por conhecer o sexo depois do casamento, o problema é todo dela. Ou melhor, dos dois. Qual o problema? Se a outra parte resolveu continuar com a pessoa, quem é um terceiro pra meter a colher na cama dos outros?

    Penso que a partir do momento que você rotula como errada a pessoa que decide fazer algo diferente do que você está habituado, está sendo tão intolerante quanto a sociedade machista é com a mulher que resolve dar na primeira noite… E vamos combinar que de intolerância o mundo está cheio.

    Aliás, há muitas que se dizem ‘bem resolvidas no assunto’, mas depois ficam chorando por aí de arrependimento porque o cara que não ligou no dia seguinte. Gente, é um risco que sempre se corre na vida. Não é porque você gostou de alguém, que será recíproco. Se foi bom pra você, agradeça aos céus. É uma experiência a mais. Se não foi tão bom, relaxa. Você também aprende com isso. A vida, geralmente, não é tão curta assim quanto dizem. Ninguém é obrigado a te procurar novamente. E te garanto não foi porque você transou. Não rolou e boa. Até porque se o cara deixasse de ligar por isso, significaria que ele é tão idiota que nem vale seu esforço e felizmente sumiu logo.

    Se pra você a química basta, pra outra pessoa pode ser que não. Do mesmo jeito que o homem não deveria transar com alguém pra provar algo pros outros, a mulher também não tem que fazer ou não fazer algo porque um conjunto de pessoas optou por outra coisa. O corpo é seu, o prazer é seu, os sentimentos são seus, o encontro é seu, a escolha é sua. Antes de ficar tentando seguir o que os outros dizem, siga o que está aí dentro. No fim, não é o que você faz e sim o porquê está fazendo que realmente importa.

    Mulher bem resolvida pra mim é aquela que sabe o que quer e o que não quer, ou seja, faz o que bem entende ciente da sua escolha. Mesmo que erre, mesmo que se arrependa, mesmo que mude de opinião milhões de vezes. Ela é ela, não o que a revistas, blogs, vídeos e amigos gritam que ela deve ser. Abrir sempre a mente deveria ser obrigatório, o resto é totalmente opcional.

    jessica


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