• Quando descobrir o que te faz feliz,  não se contente com menos
  • Quando descobrir o que te faz feliz,


    não se contente com menos


    A liberdade genuína é uma utopia para a maioria. Julgamo-nos livres enquanto acordamos às seis da manhã para o nosso emprego comum, vestimos o que estampa as vitrines, ouvimos o que nos empurram timeline abaixo e nos adequamos a um sistema que só nos faz definhar.

    Viver à própria maneira é um ato de coragem. Vestir-se como lhe apetecer, amar livre das amarras da sociedade, trabalhar com aquilo que te faz feliz… Libertar-se da hipocrisia, enfim.

    E eis que chega aquele momento crucial de nossas vidas, o momento em que nos fazemos a pergunta de um milhão de dólares: “Eu estou feliz?”

    A resposta é quase sempre frustrante, porque, não, não estamos. A felicidade é escandalosa. Ela grita alto quando chega. Tão alto que se perguntar se ela realmente existe é redundante, ilógico, incoerente. Quem está feliz, em geral, o sabe.

    E é essa a hora de decidir: arregaçar as mangas e buscar o que te faz feliz ou permanecer na irritante zona de conforto que nos priva da sensação mais enebriante do mundo que é ser fiel aos sonhos da nossa alma?

    Muitas pessoas quedam-se por medo. Vão se enganando, se consolando na sensação fajuta de que a felicidade talvez não precise ser tão evidente e que é possível ser feliz sem se entregar àquilo que realmente as move.

    E é preciso dizer: essa é uma daquelas mentiras deslavadas que nós contamos para nós mesmos por puro medo do mundo. E isso é compreensível. O mundo nos amedronta, mesmo. Somos induzidos constantemente a passar a vida inteira sob a ilusão de que dá pra ser feliz fazendo aquilo que esperam de nós. Mas não, não dá – e você só se dá conta disso quando compreende a verdadeira razão pela qual você existe. Quando percebe, finalmente, que a questão mais importante de todas, na verdade, é esta: O que você espera de você?

    Aquilo que faz o seu coração vibrar; aquilo que te faz querer ficar acordada, trabalhando madrugada adentro; aquilo que te faz sentir completo, vivo, necessário; aquilo que te dá a certeza de que, definitivamente, você não precisa de nada mais.

    O que o sistema talvez não queira que saibamos é que trabalhar não deve ser apenas uma forma de ganhar dinheiro. É que ninguém precisa obedecer à irritante lógica das vidas comuns: nascer, estudar, trabalhar incansavelmente, aposentar-se e aprender a bordar na velhice.

    O mundo é imenso e a vida é cheia de infinitas possibilidades – e em uma delas, você se encontra (desde que se procure). Então, se você ama música, o que está fazendo na faculdade de direito? Se escrever poesia é que te faz sentir inteiro, qual o sentido de manter o emprego numa multinacional?

    Ninguém é obrigado a viver por objetivos tradicionais. A zona de conforto, por mais atraente que pareça, é apenas um entrave cruel no caminho da sua felicidade. E nada, absolutamente nada que você pense em possuir – uma casa, o carro do ano ou um Iphone 1637 – pode superar a sensação indescritível de acordar, olhar para a sua própria vida e sentir que a está vivendo exatamente como o seu coração mandou.

    Perceber o que realmente nos apetece é um presente para os corajosos. E espero, com toda a positividade que eu consigo invocar, que você seja um deles. E que quando descobrir o que faz seu coração vibrar, nunca mais se contente com menos.

    ass-nathalie


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