Em tempos de relações rasas, me pergunto, com alguma frequência, onde o amor sincero foi se esconder. Aquele amor que não precisa de fotos-poema, de alterações de status no facebook ou de declarações prolixas.

Tudo bem, eu confesso. Declarações públicas de afeto também me ganham.

Despidos, sem disfarces, com a luz fraca do abajur sobre o corpo, a pele contrastando nos lençóis vagabundos e ante ao total despudor de mostrar-se por completo, somos lindos assim.

Mas, não é da falta de roupas e vergonha que quero te falar hoje amor.

Se for para dar uma parte, porcentagem ou um pedaço de si, pode ir, quero não, obrigada. Pedaço eu quero de bolo de chocolate, de torta de maçã com sorvete de creme, de tecido xadrez. Não de gente, não de atenção. E nem venha com essa história de “metade da laranja”, porque eu quero ela inteira e até o final.

A literatura, o cinema, a novela e a Disney fizeram a gente acreditar nessa ideia de “felizes para sempre”. E não é que isso não exista. Existe sim. O problema é que “o felizes para sempre” não é um ponto final de amor infinito. Felizes para sempre é uma jornada que não termina nunca e exige esforço,