• 10 coisas que você aprende viajando sozinha
  • 10 coisas que você aprende viajando sozinha


    Entrar num avião – ou num ônibus, num trem ou num carro (de carona) – só com meus fones, um livro e uma mochila foi a coisa mais prazerosa que fiz nos últimos anos.  Como compartilhar lições nunca é demais, separei dez coisas que aprendi viajando sozinha:

    1. As pessoas não estão acostumadas a verem mulheres sozinhas – alguém sempre fará, na recepção do hostel, na entrada do camping ou quando você decidir sair e tomar um café, a fatídica pergunta: – Porque você decidiu vir sozinha? Ou, pior ainda: – O que uma mulher bonita faz sozinha? As pessoas demoram para compreenderem que estar sozinha, muitas vezes, é uma escolha, inclusive para as mulheres. Eu apenas sorrio e aceno.

    2. Você pode fazer qualquer coisa que quiser – Você não precisa se preocupar com o que a outra pessoa quer fazer porque não há outra pessoa. Você pode acordar e ficar o dia inteiro na cama ou sair andando por aí sem ter exatamente um programa. Você pode parar na padaria e comer uma fatia de torta no meio do caminho para um passeio (mesmo quando você está atrasada e eventualmente não dá a mínima) ou decidir ir a um show de última hora. Você pode qualquer coisa porque as decisões são exclusivamente suas.

    3. Você conhece a si mesma – Sim, a constatação mais óbvia e mais clichê de todas: quando você está a sós consigo, você se compreende melhor. Conversa consigo, pensa sobre si e, eventualmente, se ama um pouco mais, porque experimenta a exata sensação de estar na própria companhia. É diferente de estar sozinha na sua rotina, saindo para o trabalho ou preparando um café pela manhã. Quando você viaja sozinha, você se permite desfrutar a máxima intimidade com seus próprios pensamentos fora de um ciclo tradicional de vida e a sensação libertadora de poder mover-se quando e como quiser.

    4. Você precisa ser muito mais atenta – Não há ninguém pra te dizer que você esqueceu de decorar o caminho de volta para o hostel, não há ninguém para te aconselhar sobre não pedir informações a homens sozinhos, porque, assim como as decisões são apenas suas, as responsabilidades também são. Você precisa estar muito mais preocupado com a sua segurança e com a sua bagagem.

    5. Eventualmente será difícil – Não apenas porque você precisa assumir todas as responsabilidades da viagem – como montar uma barraca e encher um colchão inflável sozinho – mas porque você pode se sentir sozinho ou entediado (caso se sinta, você não está fazendo isso direito), ou amedrontado diante de uma situação limite. Estar fora de casa nos torna mais vulneráveis.

    6. Eventualmente será perigoso – Se você for mulher, sim, será muito mais perigoso. Mas, você sabe, não se pode fazer omelete sem quebrar os ovos. Ter uma postura de enfrentamento diante dos eventuais perigos que uma viagem solitária pode trazer é, também (principalmente, eu diria) parte do aprendizado dessa viagem. Deixar de fazer qualquer coisa por medo é roubar a si mesmo. É permitir que o outro te tire algo – algo precioso, aliás, a sua liberdade – sem fazer o menor esforço.

    7. O seu tempo rende muito – Você não precisa esperar a outra pessoa tomar banho, comprar umas lembrancinhas para a mãe ou descansar por dez minutos porque está com dor de cabeça: você define todos os horários e o seu tempo rende, porque ele é todo seu, já que as escolhas não são conjuntas.

    8. Estar consigo mesma em um lugar novo é inspirador – Estar em um lugar completamente novo é naturalmente inspirador. Mas quando você está sozinha, todas as impressões sobre aquela nova experiência pairam dentro de você e não podem ser externalizadas. É aí que nasce a inspiração.

    9. Estar sozinha facilita o exercício de socialização com novas pessoas – Quando você está sozinha, é natural que busque socializar com pessoas novas (ou não). Quando você decide fazer isso (veja bem, ninguém precisa fazer isso, mas eventualmente decidimos fazê-lo) esse exercício se torna mais fácil pela suposta vulnerabilidade que a solitude transmite para os outros. Em outras palavras e para resumir, as pessoas te acolhem.

    10. Não há nada mais libertador – Você se sente dono de si, dono dos seus caminhos e das suas escolhas. É assim que se preenche o passaporte da vida.

    ass-nathalie

    selo

     


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