Eu descobri com você que namorar não significa se privar – na verdade significa o oposto. Aprendi que ter um bom relacionamento é poder ser assim, do jeitinho que eu sou, e aceitar o seu jeitinho de ser.
Depois de você, aprendi a amar os nossos dias de preguiça no sofá, de pijama, de roupa, sem roupa, de meia ou só de lingerie. Aprendi a adorar as maratonas de Netflix + vinho + cobertor porque sua companhia torna qualquer programa um excelente programa.
Com você, entendi que amor vai muito além das aparências. Aprendi que posso escolher ficar linda, com a depilação em dia e a maquiagem feita, mas que posso também decidir não me depilar e sair de cara lavada que tudo bem. E você também pode escolher deixar a barba por fazer ou sair de casa de Havaianas. O amor só é verdadeiro quando a gente se encanta com a essência do outro, e não com a aparência do outro.
O meu eu de agora pode ficar em casa enquanto você sai com seus amigos. O meu novo eu também é livre para sair com os meus amigos sempre que eu quiser. Aprendi que não somos um só – que estamos juntos, mas que seremos sempre dois. Eu entendo agora o que é confiança e agradeço você por me mostrar que somos bons sozinhos, mas quase invencíveis unidos.
De repente me vejo em casa cedo, entrando em uma rotina saudável e feliz, me vejo pensando em nós dois, me vejo sorrindo de canto e pensando no que fazer pra jantarmos. As coisas mais simples do dia a dia viraram as mais especiais.
Obrigada por entender que o amanhã é inesperado, mas fazer planos é admirável. Pode ser que depois de hoje briguemos, mas eu vou entender que isso faz parte, que os romances bons não são aqueles de conto de fada, e que o amor também pode adoecer.
Um brinde às minhas e às nossas falhas, um brinde ao nosso edredom que conhece todos os nossos segredos e ao seu chinelo que pertence mais a mim que a você. Um brinde a ti, que me ajudou a ser mais zen e a brindar os meus próprios erros. Um brinde ao meu Eu depois de você.
