Quando é difícil aceitar que ele não está tão a fim de você

Justificar o comportamento do outro não muda quem ele é, o que ele fez, muito menos o que ele pensa. Ficar parado na frente da porta esperando que ela magicamente se abra também não altera positivamente o rumo desta história. É preciso pés no chão e discernimento de sobra para aceitar as coisas como elas são.


Dá pra fazer amor trepando

Que os apreciadores de sexo fofinho me perdoem, mas, para mim, na hora H não há espaço para “eu te amo” nem para chuva de pétalas ao som de Julio Iglesias. Aliás, tem coisa mais fodedora de clima do que uma porção de bem-me-quer atirada sobre o edredom?


Já passei da idade de gostar de amores enrolados

Depois de alguns anos achando o máximo aquele tipo de paixão arrebatadora de quem não dá certeza nenhuma pra gente, eu percebi que a gente evolui e dispensa certos tipos de gente. É uma coisa natural: quanto mais velhos (ou mais experientes) em relacionamentos ficamos, mais o nosso tipo de amor ideal muda.


Nem precisa pagar o Pay Per View

Em tempos da volta do BBB, aquela coisa de dar uma espiadinha volta à tona – como se algum dia ela não estivesse em voga. A gente espia tudo hoje em dia. Espia as redes sociais do crush, espia o papo do whatsapp do cara do ônibus, espia o jornal que a senhorinha lê no metrô, espia a conversa do casal no restaurante, espia tudo.


A casa tá aberta e o coração também

Quero acordar do teu lado amanhã, alisar teu peito com a ponta dos dedos, beijar teu ombro e te dizer bom dia. Quero usar tua camiseta para andar pela casa, brigar pela poltrona favorita e pelo controle da tv. Quero roçar tua coxa enquanto dirige, te fazer rir com minhas piadas desconexas e roubar teu ar com meu tesão.


Nada prende mais alguém a você do que deixá-lo livre

Me perdoem, se puderem, os que são dados à praticidade, mas amores-padrão são, no mínimo, desnecessários. Regras são um mal necessário, e há centenas delas – algumas, tácitas – onde quer que se vá: esperar o coleguinha sair do elevador antes de entrar.

Meu fechamento sou eu mesmo, mozão

Não sei se houve um flashmob das pessoas que sigo nas redes sociais ou se é uma nova tendência universal, mas o que acontece é que tenho visto cada vez mais gente usando a singela e romântica frase em declarações públicas.


Ela não é pra casar

Nem se aproxime – ela deveria vir com um aviso de perigo. Ela é diferente de tudo o que a sociedade te preparou para encontrar em uma mulher.

Ela não sonha com vestido de noiva, festa do ano e casa decorada. Ela vai trocar tudo isso por aventuras e histórias pelo mundo contigo.

Não consigo superar você

O calendário tá marcando o mês errado. Eu confundo as chaves de casa com as chaves do carro. Jogo ping pong com peteca e marco futebol usando cadeiras como traves. Pinto os móveis da sala achando que são os do quarto. Combino as paredes da casa da minha mãe com as cores de Picasso. Ponho quadros de cabeça pra baixo pra ninguém entender.


Sempre vai ter amor de volta para quem ama de sobra

É bem complicado conviver com gente que vive reclamando, de cara amarrada e arranjando encrenca. O tipo que não responde “bom dia”, não distorce os cantos da boca  nem para um sorriso amarelo e consegue estragar qualquer momento bom com uma carga lotada de negatividade. Desse tipo eu sempre corro, com muita pressa e na direção contrária.


Coloca o telefone no mudo e o coração no mundo

Se desconecta um pouco vai, tira os olhos da tela e olha ao redor, olha o mundo, me olha nos olhos. Tem tanta coisa para ler por aqui também, tanto para ver, para falar sobre… Desliga um pouco a música dos fones, ouve meu coração, ouve o barulho das ondas batendo nas pedras, do vento enroscando nosso cabelo, ouve os sons do dia-a-dia.


Você não é melhor do que ninguém por preferir Netflix

Tem dias em que ninguém consegue me tirar de casa. Ninguém é pário para a minha cama convidativa, Netflix, vinho e o silêncio que o gato quebra sutilmente quando ronrona no meu pé.

Só resta mudar o passado

“O tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior dele é o tempo. O tempo ataca em silêncio. O tempo usa armas químicas”, assim escreveu o maior dos nossos, com toda a razão de sempre, Luís Fernando Veríssimo.


Me deixa ser ogra

A ideia de que mulheres são mães do universo pode até ser bastante poética, mas – ao menos para mulheres como eu – é problemática.

Temos a honra e a lástima de nos terem atribuído as virtudes da organização, da delicadeza e do capricho – todas as virtudes ligadas à maternidade, percebeu?