• 15 coisas que aprendi com a vida
  • 15 coisas que aprendi com a vida


    Muita coisa passa desapercebida no dia a dia, principalmente depois de alguns anos. Aquela coisa de crescer, amadurecer, aprender e tudo mais. Notar o que o tempo trouxe pra mim foi um exercício recompensador e aconselho você a fazer o mesmo. Divido com você um pouco da minha percepção sobre o que a vida me ensinou – e deve ter te ensinado também – com o tempo.

    1. Existem sempre 2 caminhos

    Eu entendi que as escolhas que a gente faz oferecem duas alternativas pra um mesmo objetivo. A gente sempre vai contar com o caminho mais difícil e o mais fácil. Só que o mais difícil pode ser bem mais rápido do que o fácil, que pode oferecer lentidão no trajeto. E o que isso quer dizer? Que tempo e dificuldade são paramêtros variáveis, que podem ou não depender um do outro. Vai depender da gente priorizar a urgência e o quanto a gente está disposto a se esforçar pra que as coisas aconteçam.

    2. Perfeccionismo só é bom quando você sai do zero

    8 em cada 10 pessoas que eu conheci se diziam perfeccionistas, eu inclusive. Achava o máximo, mas era o tipo de perfeccionismo nocivo que nunca te deixa começar nada porque você acha que não vai ficar bom, que não é o momento. Então você espera até estar pronto e tal, mas a gente nunca tá pronto. Ser perfeccionista é bom quando a gente tenta, testa, vai ajustando, vai aperfeiçoando. Só vale quando é assim, caso contrário, a gente acaba ficando só no título bonito que conta na entrevista de emprego.

    3. O que mata a paixão é o tédio

    Você odiar seu trabalho é até ok. Você odiar seu(sua) namorado(a) vez ou outra também é ok. O problema é quando você cai numa monotonia que te torna apático, que te faz levar aquilo nas coxas como se fosse um robô. É isso que te mata aos poucos, é isso que mata aquela paixão nos olhos com trabalho, vida, relacionamento e tudo mais. Note sempre se você odeia algo ou se caiu num limbo tedioso sobre algo. Odiar ainda é sentir, já a apatia é um buraco enorme que te deixa parado num mesmo lugar.

    4. Amor não dói

    Amar não dói, não machuca, não faz a gente sofrer. Isso é outra coisa. Amor pode dar trabalho, pode causar dor de cabeça, pode fazer com que a gente respire fundo, mas quando machuca, a gente percebe que não vale a pena. Nunca vale a pena quando a dor é maior que o lado bom, nunca.

    5. Crescer é uma tarefa diária

    Vejo meus amigos dizendo que crescer dói. Aos 15, aos 18, aos 20 e tantos. Crescer é uma tarefa diária, a gente cresce e nem percebe, passa de fase, derrota chefão todo dia. Isso só fica óbvio em certas datas simbólicas, mas cada dia contribui pra nossa escala de crescimento. Enfrentar todos os dias como um desafio bonito é uma forma de crescer conscientemente. Se possível, anote num diário ou caderno alguma coisa boa que aconteceu com você num dia ou algo que aprendeu. Você vai entender o que eu tenho falado.

    6. Paixões de temporada fazem bem

    Sabe aquelas paixões sazonais que batem na porta e te deixam mais leve? Tem gente que costuma evitar por medo, tem gente que se joga de cabeça achando que é amor. Eu aprendi que essas paixões passageiras são o nosso meio termo e ensinam pra caramba sobre a gente, sobre a nossa vida, sobre os outros. Sou do time que acha que todo encontro deva ser celebrado. Nesses casos, viver essas paixões podem nos ajudar a construir uma memória afetiva mais forte, mais vivida, mais preparada para amores.

    7. Solitude é como tirar férias

    Sabe as suas férias programadas uma vez por ano? Solitude também é assim às vezes. Você vai precisar ficar em reclusão algumas vezes. Os amigos vão falar pra sair dessa, tentar te arrastar pra balada, te apresentar aquele amigo ótimo, coisa e tal, mas você precisa desse tempo pra você. É pra respirar, chorar, botar a cabeça em ordem, ouvir Amy Winehouse sem julgamento. Vai fundo, você precisa tanto de solitude quanto de férias na praia.

    8. Sua família é importante pra caramba

    1 mês de férias em Orlando não vai te fazer sentir falta da família. 6 meses de intercâmbio já vai abrir um buraco no seu peito. Eu aprendi que todos os problemas causados pela convivência se extinguem quando você vai pra longe, e as coisas começam a parecer como elas realmente são. Você percebe o valor do “eu te amo” quando liga pra sua mãe às 3:15 da manhã porque tá triste. Percebe como é muito além da grana quando teu pai te ajuda a bancar aquele box novo do banheiro do apê. Percebe que teu irmão mais novo é teu grande amigo quando quase chora no bus trocando whatsapp e sabendo que ele tá sofrendo longe. Família importa muito e você vai aprender isso.

    9. No fim, você nunca está sozinho

    Por mais sozinho no mundo que você se considere, você sempre vai ter uma mãozinha. Tem gente que gosta de você de graça, que se preocupa, que pergunta como vai o seu dia com verdadeiro interesse. Essas pessoas são descobertas ao poucos na vida, mesmo que você deixe sua vida no Brasil e vá morar no México a partir do zero. Quando você achar que ninguém sente o mesmo e que você tá sozinho no mundo, um abraço, nem que seja virtual, vai te surpreender.

    10. Tem coisas que só dependem de você

    Eu odiava depender dos outros e sempre botava a culpa neles quando algo dava errado, até que percebi que tem muita coisa minha que só depende de mim. Se eu quero emagrecer, por que eu não me dedico na academia, na cozinha e vou à luta? Se eu quiser aprender uma língua nova, tem curso gratuito na web. E por aí vai. Tem muita coisa que é a gente que impõe como barreira, mas isso pode ser superado. Você pode criar um painel com as coisas que quer mudar e ver o que depende só de você pra começar agora.

    11. Lar é onde você quer deixar o seu coração

    Eu costumo dizer que meu moleskine é meu lar. Meus pais são meu lar. Meus melhores amigos daqui ou da Argentina são meu lar. O coração, por mais que fique dentro da gente, tá sempre lá fora passando pelas pessoas e pelos lugares que a gente ama. Você vai poder chamar qualquer lugar de lar se seu coração pertencer a ele. E isso serve pras pessoas também.

    12. Viajar alimenta a alma

    Viajar te faz sair do seu dia a dia natural e te faz ver um monte de coisas as quais você não está habituado. Isso te coloca numa nova e interessante perspectiva. É inspirador conhecer um lugar novo, gente nova, uma língua ou sotaque diferente do teu. Te faz aprender muito sobre gente, alma e cultura.

    13. Ler pode ser melhor que terapia

    Você já leu Caio Fernando Abreu, mas leu mesmo, sem ser frase de Facebook? Ele me faz chorar como uma criança de 5 anos pensando na vida. Imagina os outros autores que conseguem fazer isso com a gente. Literatura tá aí pra gente botar pra dentro e depois devolver tudo em forma de identificação. Fica martelando na cabeça, faz a gente pensar, faz doer aqui dentro, mas no fim revela muito de quem a gente é. Você só precisa entender o seu momento e escolher o livro certo pra cavar a ferida (ou o sorriso).

    14. E fazer terapia não te faz maluco

    Por outro lado, eu vi que a minha geração tem se sentido perdida, vazia, com uma dor no peito que parece nunca curar. E recomendo a terapia. Eu fiz, quero fazer de novo, acho dinheiro bem investido (se você puder pagar), te ajuda a se entender melhor e carregar menos peso no peito. Não te faz maluco, nem fresco, nem fraco. Te faz humano e é louvável quando a gente entende que precisa se conhecer melhor e procura ajuda.

    15. Desligar o celular é dormir em paz

    Por último – mas não a última coisa que aprendi -, esses meses me fizeram ver a nossa dependência do smartphone. Seja pra trabalho, relacionamentos, entretenimento ou o que seja, a gente não desgruda disso pra nada, nem pra dormir. Desligar o smartphone no final de semana pode ser loucura, já que você precisa falar com os amigos e tal, mas você pode desligar em horas do seu dia pra se sentir livre. Imagina o que você pode olhar na janela do bus se não tiver olhando pro celular. Imagina como a sua interação com a galera do trabalho vai melhorar no almoço. Imagina esses ganhos pequenos. Isso tudo é dar a você mesmo mais paz.

    daniel


    " Todos os nossos conteúdos do site Casal Sem Vergonha são protegidos por copyright, o que significa que nenhum texto pode ser usado sem a permissão expressa dos criadores do site, mesmo citando a fonte. "