• Só existe uma forma de não  fracassar: nunca tentar
  • Só existe uma forma de não


    fracassar: nunca tentar


    Junto com qualquer coisa nova que vamos tentar fazer, nasce no mesmo instante a possibilidade de que essa coisa dê errado (assim como, em partes iguais, como um gêmeo idêntico, mas de sentido oposto, nasce também a chance de que dê certo). Essa coisa nova que você quer fazer é sempre muito arriscada porque você nunca fez antes. E pode ter certeza, a concorrência é sempre acirrada.

    Não importa qual seja seu objetivo. Várias pessoas já estão fazendo isso desde muito antes de você. Muitas têm mestrado e doutorado nessa coisa e outras tantas já fizeram isso em cinco países diferentes.

    Eventualmente a moeda vai cair do lado que você não apostou e você irá fracassar nos seus planos. Nessa hora parece que todas as conquistas que você já teve na vida deixam de ter valor. O fracasso é a única coisa que importa. Ele te paralisa, te faz duvidar das suas escolhas e de tudo que você acredita.

    Existe uma expressão inglesa que é “ter um esqueleto no armário”. O sentido dela é ter um segredo ou algo no passado que te condena. No caso no fracasso, o esqueleto não fica no armário, ele fica é amarrado na sua cintura e te segue pra onde você for. E ele pesa. E isso te puxa para baixo.

    O fracasso rouba de você aquela proteção chamada de autoconfiança, deixando sua pele nua. Todo tipo de atrito te machuca. Você quer continuar fazendo o que você gosta, o que te faz feliz. Mas como? O esqueleto ainda está aí do seu lado, te lembrando de que você também erra.

    Em 24 horas ou menos, seu fracasso deve ser esquecido pela maior parte das pessoas. Mas não por você. Você é seu maior crítico. Você é implacável com você mesmo.

    Mas tente ser racional. Olha bem para esse esqueleto. Quem o colocou aí mesmo? Não foram “os outros”. Foi você. Desamarra esse esqueleto da sua cintura, rapaz, deixa disso. Pronto, assim fica mais leve, né? Tudo bem, não tem onde colocar, encosta num cantinho, escondido atrás da porta. Mas deixa o pé dele para fora. É bom se lembrar dos próprios erros, mas sem ficar obcecado com eles.

    Com o tempo você entende que esse esqueleto só tem importância para você e mais ninguém. As outras pessoas estão muito ocupadas vivendo a própria vida para ficar se importando com os seus fracassos.

    Você vai até começar a gostar desse maldito esqueleto. Vai entender que ele é não é uma lembrança vergonhosa e sim uma lembrança boa! Ele te faz lembrar que você não é o Voltaire, nem o Sartre que você imaginava ser. Você é bom, como muita gente também é. Você é melhor que alguns e pior que milhares. Entenda e admita que muita gente é melhor que você, mas não use isso para te diminuir e sim para compreender que você precisa trabalhar com mais afinco, porque o mundo está recheado de pessoas brilhantes e competentes. Não precisa parar de fazer o que você gosta, mas, a não ser que você queira fazer isso trancado no seu quarto no escuro, você vai ter que se acostumar com a ideia de que muita gente não vai gostar do que você faz. E algumas pessoas fazem questão de deixar isso bem claro.

    Quando ouvir uma crítica, seja razoável. Aquela pessoa pode estar certa. Mas entenda que é impossível agradar a todo mundo. O mundo tem muita gente. Muita gente mesmo.

    Talvez o esqueleto não suma nunca, mas por mais incômodo que seja ter ele sempre atrás da porta, lembre-se de que só existe uma forma de se precaver contra o fracasso: não fazer nada. Isso parece um bom plano para você? Para mim também não.

    andrea


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