• O que mudou agora que o ano virou
  • O que mudou agora que o ano virou


    Janeiro já está quase no fim. O tempo impiedoso passa rápido, bem rápido. O alvoroço das festas abriu espaço para outras ansiedades: o carnaval, a meta do mês no trabalho, as primeiras contas para pagar, o amor. Finalmente pode-se dizer que o ano de fato começou. A pergunta é, e você, já está colocando em prática todas aquelas promessas de vida nova que encheram de esperança o término de um ciclo? Ou a metamorfose se resumiu apenas a uma festa simbólica, sete ondas, lentilhas e simpatias que se esvaíram junto com o brilho dos foguetes?

    Aposto que para muitos, infelizmente, nada mudou. A empolgação de reformular algo que não está bacana é demasiadamente fácil de se perder. Igual começar uma academia. Para quem não gosta é preciso aproveitar o momento de euforia e mergulhar de cabeça na rotina de exercícios, até o corpo se acostumar com o hábito. Se a gente deixa o timing passar já era. Voltamos sem culpa ao bom e velho sedentarismo rodeado de guloseimas calóricas. E o que não faltam nesse caso são desculpas. A falta de tempo, de gosto, a chuva, o trabalho, o cansaço, e todas as demais máscaras que a gente se esconde por trás para justificar a inércia. Afinal, estar em um determinado ponto é uma escolha e ninguém quer ser visto como preguiçoso por opção.

    O resultado nem preciso dizer que são 365 dias literalmente perdidos e uma travessia bastante monótona (e infeliz!). Todo ano é a mesma coisa porque a gente deixa que as decisões tomem este rumo. Não adianta nada prometer mundos e fundos em uma ocasião totalmente embalada pelo espírito da renovação se a vontade de ser diferente não vier de dentro. Se for casca, superfície, modinha, ou até mesmo costume, porque “faz parte” da data, quando vira o relógio o ímpeto some. Assim como as oportunidades, as pessoas, os sorrisos, e claro, os relacionamentos.

    Nada disso é novidade para você que passou por aqui. Que também acredito que não tenha sido por acaso. Já passou da hora de tirar os sonhos do papel. A jornada deste ano está só começando e promete ser sensacional, só depende de você. Resgate aquele calorzinho gostoso que fez o seu coração pulsar vibrante na noite de ano novo, vista branco, verde, rosa, pule novamente quantas ondas você desejar se for necessário. Mas mude. Saia da zona de conforto para que esta não seja apenas mais uma passagem do calendário igual a todas as outras.

    O mais essencial de tudo: não espere que venha o arrependimento. Abandone o medo, os “e se”, o comodismo e vai viver. Nada vai chegar de mão beijada, então “simbora” conquistar tudo aquilo que a gente vem pedindo ao universo. O que de pior a gente pode fazer nessa vida é não tentar. A sensação de renovar os votos de esperança, simplesmente porque realizamos todos os outros, definitivamente não tem preço. Não tenha receio de se reinventar. O que não dá é para insistir nessa tradição ultrapassada de jogar desejos ao vento e permanecer preso ao chão. Voa. Só assim um passarinho encontra seu ninho. Agora sim, feliz ano novo!

    danielle


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