Namoro não é competição, guerra de orgulhos ou de certezas. Provar, com custo de muito choro e ranger de dentes, que está com a razão não faz de ninguém vencedor. Pelo contrário, a cada discussão motivada pelo egoísmo de dominar o parceiro, ambos perdem.
Mas tem gente que não entende nada disso, nem quando parece estar desenhado bem na frente dos olhos. Tem gente que apenas ignora e segue fazendo do relacionamento uma grande aposta, dessas em que apenas um sai ganhando.
Claro que não dá de levar um relacionamento assim adiante, ou sequer até a próxima esquina da vida. Porque egoísmo é um negócio bem difícil de desaprender. E ninguém é obrigado a conviver ao lado de um adulto com espírito de criança birrenta, que faz “bico” sempre que não consegue o que quer.
Para ser bacana, tem que ter democracia, diálogo e liberdade de expressar o que tá tirando o sono. As coisas precisam encaixar, o consenso tem que aparecer e o orgulho tem que ser deixado no lugar dele, pegando poeira naquele quarto da bagunça, que toda casa tem.
Não é para abrir mão do amor próprio não, mas sim para perder a mania boba de criar guerras, não tão frias, apenas pelo prazer de ganhar uma discussão. Ser adulto é saber a hora de dar um basta no barraco e sugerir uma trégua, uma pausa para reflexão e para aliviar o peso. Maturidade é saber ceder, quando necessário, é saber que o amor precisa de mais “vamos conversar” e menos “eu tenho razão”.
Por isso, entenda que ninguém pode determinar as regras do jogo neste quesito. Porque amor simplesmente não é uma queda de braço eterna. Suas opiniões são válidas e devem ser expostas sim, mas sem a estúpida pretensão de mostrar quem é o dono da verdade, até porque ela nunca é absoluta, não é mesmo!?
Portanto, leve isto para a vida: você pode estar certo, mas ninguém vai gostar se você for um chato de galochas e autoritário. Respeite quem você ama, respeite os limites alheios, não imponha suas vontades e desça logo desse salto. Porque seu lugar é ao lado, andando junto e não tentando desesperadamente sair sempre por cima.