• Não deixe que sua liberdade  sexual te prenda
  • Não deixe que sua liberdade


    sexual te prenda


    “Gira de um lado, segura a perna do outro, calma que deu cãibra, vamos tentar de novo! Peraí, vem por cima agora, será que a gente tenta com um consolo a mais? CO-MO você nunca fez um ménage na vida? Nunca foi voyeur? Já foi numa sauna ou fez swing? E escada de incêndio? Nada no carro ou no provador da loja? Já sei! Transou com o namorado no banheiro da faculdade? Não, mas gente…”

    Tá, talvez você nunca tenha sido interrogado dessa maneira, mas uma dessas perguntas já devem ter sido atiradas por algum dos seus amigos experts em sexologia e doutores em Kama Sutra. Aquela galera que já fez de tudo um pouco e sabe muito bem como sair da rotina na cama. A cara de desdém deles diz muito e você se sente constrangido por adorar um papai-e-mamãe delicinha com direito à cavalgada sem freio no final, mas nada muito além disso, certo? Relaxa, não precisa se sentir mal por isso.

    A gente fala o tempo inteiro sobre liberdade sexual. Sobre nos permitir. Sobre provar as coisas que nos fazem bem e que despertam prazer. Sobre ousar e ser revolucionário na cara. Mas nós nos esquecemos de complementar dizendo uma coisa: liberdade é, justamente, poder escolher o que fazer e o que não fazer. 

    Tem gente que provou umas coisas e não curtiu. Tudo bem. Tem gente que fez ménage e se sentiu mega deslocado. Tudo bem. Tem gente que foi na casa de swing e não quis trepar com ninguém. Tá tudo bem também. Essas coisas acontecem com frequência e são ótimas pra nós entendermos nossos limites sexuais. 

    Liberdade sexual reside justamente na ideia de que cada um pode experimentar o que quiser e tirar daí o que é melhor pra sua vida, sem impor ao outro uma série de regras que não vão de encontro com o que se quer na cama. Se você não se identifica com essas práticas sexuais e prefere ser mais simples porque é mais gostoso: vá em frente. Desde que não haja julgamentos – tanto por parte dos liberais quanto por parte de quem tá bem feliz do jeito que as coisas estão -, todo mundo consegue ser feliz. Entender que você tem a possibilidade de experimentar algo e, talvez, decidir que gosta ou não de certas peripécias é o ideal.

    Liberdade sexual é permitir provar sem medo do que vão pensar. É comunicar ao outro os seus desejos sexuais. É ter confiança pra fazer umas paradinhas fora do comum de vez em quando, de vez em sempre ou de vez em nunca. Não existe o menor problema nisso. Eu, por exemplo, adoro uma brincadeira a três, mas tenho lá minha falta de tesão em outras práticas já experimentadas. E sabe o que isso muda na vida dos outros? Nada. Vida que segue.

    Então, da próxima vez que algum amigo tentar dar pitaco na sua vida sexual de forma invasiva, seja ele expert em sexologia ou um sacerdote puritano, lembre-se de que o importante é gozar, ter prazer, se sentir realizado na cama. O resto é só opinião que serve nem para lubrificar o corpo. Vida que segue.

     daniel


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