Sempre escutei da sabedoria popular que era uma “palhaçada” essa coisa de excluir ex. Um “exemplo da falta de maturidade” e tudo mais. E, apesar de eu defender a ideia de que todo relacionamento teve algo de bom e ensinou algo pra gente, eu defendo ainda mais a ideia de que excluir o ex das redes sociais é natural.
Pensa comigo: você terminou um relacionamento e tá super machucado. Tá na tentativa de organizar a cabeça, tocar a vida, recuperar alguns aspectos emocionais teus que tão bagunçados. Pra quê, meu Deus, você vai manter o ex ali, vendo tudo o que ele faz, as atualizações, as pessoas que adiciona, a carinha do ser humano que você tá tentando esquecer?
Vai manter ali só pra pagar de superior enquanto isso não ajuda em nada o seu processo de superação? Oxi, que sentido faz?
A gente quer pagar de descolado, de superiorzão, de ser iluminado, de espírito elevado, mas tá lá sofrendo com isso. Estamos cultivando algo que só drena energia, que não adianta em nada o processo, que só aprofunda a mágoa quando, na verdade, a gente deveria estar tocando a vida.
Sempre foi muito claro pra mim desde que me excluíram depois de um namoro. A pessoa precisa de um tempo longe pra botar a vida em ordem. E isso não significa que ela não goste de mim, que eu fui uma péssima pessoa, que a gente nunca mais vai se falar na vida. Nada disso. Só significa que a prioridade dela agora é ficar bem.
Os outros não estão na sua pele para saber como você se sente e nem como isso te afeta. Portanto, sinta-se livre para deletar, silenciar, deixar de seguir quem você quiser na hora de pensar no que te faz bem. Aliás, essa deveria ser sempre a nossa prioridade num término: ficar bem. Sem o papo de querer dizer pros outros que não se importa, que não vai lá dar uma conferida no que o outro tá fazendo, que não nociva essa presença póstuma. Maturidade (pra mim) é quando a gente reconhece qual é o melhor caminho pra cuidar de nós mesmos.