• 3 lições sobre a vida que aprendi com Clube da Luta
  • 3 lições sobre a vida que aprendi com Clube da Luta


    A primeira vez em que assisti ao Clube da Luta, passei bons minutos olhando para a TV e a conclusão foi: não entendi nada. Ainda assim, alguns momentos do filme assombraram minha adolescência pensativa. 

    Dia desses, percebi que o título se encontrava no Netflix e, como tenho o hábito de revisitar algumas memórias e referências culturais com o passar do tempo, escolhi Clube da Luta. Ver um filme pela segunda, terceira ou nonagésima vez depois de alguns anos muda completamente a sua visão da história. Afinal de contas, é muito comum que a gente misture nossa vivência com a trama da telinha.

    Mas não é exatamente da experiência de rever filmes que quero falar. Quero falar especificamente sobre três ponderações que esse clássico me trouxe. E espero que você esteja a fim de ser cutucado um pouco como eu também fui.

    “Temos trabalhos que odiamos para comprar coisas de que não precisamos.”

    A gente vive numa Roda Viva, já parou pra pensar nisso? Acordamos cedo, trabalhamos o dia inteiro, trabalhamos mais um pouco pra fazer uma graninha extra, pagamos as contas de casa, as contas do cartão de crédito, da viagem do ano e morremos. Sério que a vida se resume a esse ciclo materialista em que vivemos numa rodinha de corrida feito hamsters? O jeito de se libertar disso no filme não é nada convencional, mas a violência extrema e as consequências psicológicas que ela provoca no espectador e nos personagens faz com que nós pensemos sobre as nossas próprias vidas: pra onde estamos indo e, se não sabemos, por que não conseguimos enxergar o caminho ao nosso redor?

    “Somente quando você perde tudo é que você é livre para agir.”

    Noutro dia, dentro de um avião prestes a decolar, eu pensei: “cara, e se isso aqui cai e eu morro hoje?”. Não ia sobrar o celular do momento, ou a necessidade de ir pra academia, ou a minha preocupação em não comer glúten etc e tal. Muitas coisas que fazemos são baseadas no senso comum e na ideia de que precisamos possuir as coisas. Bens, imóveis, eletrônicos como se fossem eles os responsáveis por preencher a nossa vida de significado. Não vou ser idiota e ignorar o fato de que precisamos de dinheiro para viver. Mas será que utilizamos nosso dinheiro para expandir nossa liberdade ou só nos escravizamos com ele?

    “Você me conheceu num momento estranho da minha vida.”

    De vez em quando, a gente tá numa fase em que não dá pra deixar ninguém entrar. O problema é reconhecer isso e entender que primeiro se resolvem as nossas questões, os nossos dilemas internos, a nossa situação de vida para só depois deixar alguém chegar. Esse tipo de maturidade raramente vem fácil e só depois de quebrar muito a nossa cara é que conseguimos identificar quando estamos num desses “momentos estranhos” da vida ou, ainda melhor, quando a outra pessoa está nele e, assim, conseguimos evitar frustrações.

    daniel


    " Todos os nossos conteúdos do site Casal Sem Vergonha são protegidos por copyright, o que significa que nenhum texto pode ser usado sem a permissão expressa dos criadores do site, mesmo citando a fonte. "