• Vocês não precisam  gostar das mesmas coisas
  • Vocês não precisam


    gostar das mesmas coisas


    Mais importante que um casal que concorda sobre o filme para assistir, num domingo de chuva, diante do Netflix, é um casal que tem jeito parecido de levar a vida. Que tem caráter, ritmo e anseios semelhantes. Você pode ser um viciado em quadrinhos e ela ler Foucault no café, isso importa, claro, mas não tanto quanto a sintonia de vocês.

    Porque é muito mais significativo concordarem sobre o ritmo da relação, do que sobre a musica para ouvir no carro. Gostos são adaptáveis e você pode descobrir todo um universo novo, ao lado de alguém que ama. Só não vale fazer cena por coisas banais, ok!? O segredo é acharem meios-termos entre as diferenças  dos dois. Localizar aquele ponto de equilíbrio que é capaz de deixar ambos satisfeitos. Dá um certo trabalho, concordo, mas é completamente possível.

    Afinal, dá sim para viver com a dessemelhança alheia. Aliás, sem essa habilidade é inviável conviver com todo o resto do planeta, não acha!? A gente precisa tolerar, ter paciência e muito respeito pelo espaço de quem nos cerca. Então, se algo traz felicidade e prazer para quem a gente gosta, não custa tanto assim tentar. Talvez cause estranheza de início, mas pode funcionar.

    Mas, não tem relacionamento que evolua -acredite- sem cumplicidade, companheirismo, amizade, diálogo, respeito, empatia…e essas coisas todas. Esse é o tipo de valor que deve, de fato, ser colocado na balança. Os dois tem que estar em harmonia nestes pontos. Do contrário, mesmo que ambos sejam iguaizinhos em hábitos e manias, o relacionamento será muito propenso ao fracasso.

    Ou seja, se apenas um cede, se doa e faz sacrifícios pelo casal, está errado. Se ele ignora completamente coisas importantes para você, ou ela se coloca sempre em posição de vítima e sem reconhecer os próprios erros, bem, vocês de fato tem um problema. Um querer churrasco e o outro sushi, para o almoço, é algo fácil de resolver, diante da discrepância de compromisso, por exemplo.

    Então, se ela colocar um pancadão no ultimo volume fazendo seu nariz de jazzista torcer, engole o orgulho e aproveita o momento. Experimente, tente não se fechar apenas no seu círculo e sim ampliar os horizontes. Não vale abrir mão de si mesmo, claro, mas também não precisa dizer não para algo novo. Tem tanta gente bacana procurando gente bacana e você procurando amor como quem procura remédio na farmácia! Felicidade não tem bula meu bem. E se até o Eduardo e a Mônica acharam razão nas coisas feitas pelo coração, por que você não acharia?

    ass_loui (1)


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