Sem sombra de dúvidas, uma das coisas que mais muda quando se começa a namorar é a vida sexual. Quando a gente namora, a intimidade acaba dando um toque especial ao sexo – o que não quer dizer que sexo sem intimidade também não tenha suas vantagens.

Mais uma vez, a caça às bruxas do século XXI fez sua vítima. Bastou o intervalo de algumas semanas desde o caso Fran – a garota que teve sua vida destruída por um vídeo íntimo de treze segundos que vazou no Whatsapp – para outra mulher também ir pra fogueira. Só que, dessa vez, a consequência foi mais grave.

Já parou pra pensar em quantas mentiras você contou desde que acordou hoje de manhã? Já falou “bom dia” pro vizinho que detesta? Disse para o antigo colega de faculdade que estava “tudo bem”, mesmo sua vida estando uma merda quando ele perguntou o simpático “como vai”?

Já dizia Nelson Rodrigues: “Se cada um soubesse o que o outro faz dentro de quatro paredes, ninguém se cumprimentava”. Essa sabedoria disseminada pelo escritor se mostra incontestável já que, quando o assunto é sexo, é impossível impor limites do que é “aceitável” e “saudável” ou não.

Dias desses li uma frase que me deixou incomodada. Era sobre o amor e a intimidade não combinarem com erotismo. Algo como se o mistério fosse essencial para que houvesse o tesão. E fiquei intrigada tentando relembrar transas casuais – relação na qual o mistério predomina -, mentalizando assim qual foi o nível de satisfação sexual entre elas.