Arquivo 07/2016

Eu não quero fazer seu jogo

Namoro não é competição, guerra de orgulhos ou de certezas. Provar, com custo de muito choro e ranger de dentes, que está com a razão não faz de ninguém vencedor. Pelo contrário, a cada discussão motivada pelo egoísmo de dominar o parceiro, ambos perdem.


Eu não sei o que eu quero de um relacionamento

Pronto. Me sinto pronto para um relacionamento. Depois de tanto tempo preso num limbo emocional difícil, lidando com fins e com recomeços, finalmente me sinto pronto para receber alguém em casa. Vem. Basta vir. Ò, já tô esperando na porta. Tá aberta, viu? Só entrar. Nem precisa bater, imagina, do jeito que eu sou esperto vou perceber assim que você colocar o pé na porta. Cadê?


Sexo é bom mas, cê já comeu brigadeiro direto da panela?

Li outro dia, numa crônica de cujo título não me lembro: “um pênis era como um abajur em um quarto muito iluminado.”

Fui tão generosamente contemplada por essa afirmação que não a esqueci, mesmo tendo esquecido o título da crônica, e isso me salvou, ainda que apenas por alguns instantes, do desespero de estar entregue a uma preguiça sexual medonha.


O signo dele é só uma desculpa (você é que não quer se envolver)

Aquela parte de mim que ainda conserva alguma racionalidade – uma parte pequena, quase insignificante, diga-se de passagem – jamais admitiria que personalidades podem ser determinadas apenas pelo modo como os astros estão dispostos na hora em que a gente nasce.

Mas, você sabe como é, eu sou pisciana, uma pipa avoada que acredita em vocação, destino, amores eternos e astrologia.


O amor que mora dentro da gente

A gente passa boa parte da vida perseguindo o ideal do amor romântico, aquele conto de fadas que mostraram pra gente na TV e no resto do mundo. Nós crescemos e as projeções de príncipes e princesas mudaram um pouco, afinal de contas, o mundo muda, não é? Mas dá-lhe surra de expectativa para achar que a vida é igual a um filmes, dá-lhe construção errada da visão de um relacionamento e, consequentemente, dá-lhe quebrar a cara.


Confiança não depende do tamanho do salto

Por muito tempo eu permiti que a minha confiança fosse dependente de coisas superficiais, perecíveis e ligadas à aparência; como roupas, cabelo, forma física etc.

Uma mancha de mostarda em minha camisa, por exemplo, já era suficiente para me deixar completamente inseguro, sentindo-me o mais bostão dos seres desta galáxia.


Achar alguém para namorar é fácil

Oito entre dez amigos reclamam que não conseguem namorar. Principalmente em São Paulo, uma cidade movimentada onde todo mundo carrega a cruz do trabalho, onde falta tempo para cultivar pequenos laços cotidianos. Dizem que é difícil encontrar alguém que tope uma coisa séria, guardar um tempinho pro outro, cinema aos finais de semana, sexo selvagem depois do jantar à luz de velas.


Para quando o medo chegar

Eu sei que você não vai entender. Não agora. Tem coisas que a gente só entende depois que passam.

E, acredite em mim: passa. Mas até passar parece que não vai passar nunca.

Isso vale como um acalanto despretencioso, mesmo porque autoajuda não funciona e eu não consigo sequer ajudar a mim mesma, para ser franca, mas, em todas as vezes em que senti medo – e não foram poucas – procurei uma leitura que me fizesse sentir um pouco menos desesperada.


Quem tem amor (próprio) na vida tem sorte

Se eu pudesse desejar uma coisa para as pessoas seria que elas ficassem solteiras por um bom tempo durante a vida. Nada contra quem encontra alguém aos 15 e passa o resto dos dias juntinho. Mas a maioria pensa: Que sorte a delas! E eu não concordo. Muito menos quem emenda uma relação na outra e nunca para solteiro – aliás, acho isso deprimente.


Quem eu era antes de você

Todo relacionamento muda quem nós somos, até aqueles que não duram para sempre. Ninguém entra e sai de um namoro exatamente como era. Ou pelo menos, não deveria. A gente ouve muito por aí que não devemos mudar por causa de um cara ou uma menina, mas a verdade é que isso é uma afirmação um pouco egoísta e até limitadora.


Como (não) segurar seu homem e ser feliz

Me disseram que uma mulher precisa saber o jeito certo de segurar um homem e eu quase vomitei. De verdade. Porque sim, tem muita moça moderna que ainda acredita nisso, que brada a plenos pulmões seus joguinhos de conquista, suas artimanhas e seu esforço, bem sucedido ou não, para manter alguém aos seus pés calçados em saltos altíssimos.


Amor a três: eu, você e ‘aquele’ hotel

Um grande amor se faz de momentos, alegrias, conquistas divididas, surpresas e aventuras compartilhadas. Os lugares onde vivemos momentos importantes a dois ficam para sempre gravados em nossa memóriaOs hotéis costumam marcar as histórias de muitos casais. A lua de mel, aquela primeira noite ‘caliente’, a viagem dos sonhos, o dia dos namorados e tantas outras celebrações maravilhosas que podem ser vividas pelos pombinhos.


Os perigos do “amor” em excesso

A linha entre um relacionamento doente (ou doentio) e uma parceria saudável é bem tênue. Se a união é de longo prazo ou a convivência deixou as coisas cômodas demais ultrapassar esse limite pode ser algo bastante sutil. Tudo pode ficar bem feio muito rápido e ainda assim a situação passar “despercebida”.


Nós só podemos ajudar o outro sendo quem somos

Eis uma verdade que precisamos urgentemente aceitar: cagar regra na vida alheia não resolve nada. Mesmo que as suas convicções sejam coerentes, mesmo que você tenha certeza absoluta de que sabe exatamente o que fazer, as questões do outro estão além da nossa compreensão.